domingo, 7 de setembro de 2008

Todo o meu amor!

Todo o meu amor aqui,
a ti consagro,
tome-o, queime-o, derrame-o,
malgaste-o se quiseres.
São teus,
seu crepúsculo e seu ocaso,
sofra-o, padeça-o,
que assim deve ser,
forge-o para ti,
de acordo com tua medida
e semelhança:
terno e agressivo,
doce e caprichoso;
por momentos zeloso,
humilde e altivo.

Todo meu amor aqui,
a ti entrego,
cuide-o,
para que não esvaia-se de tuas mãos,
senão quebrará suas asas em seu vôo e cairá;
e já não terá ânsias de voar,
se acabarão os sonhos,
e terás que despertar.

Cuidado, te rogo, são teus:
seu grito e seu gemido,
seu canto e seu arrulho,
e a partir deste momento estão,
sobre o mais amplo cuidado teu!
a

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