quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Digo, sim, meu amado poeta!

Ofertar-te-ei meus lábios,
para que colhas o mel,
que acalmará a ardência dos teus!
Aplacarei as chamas
desta caldeira ardente,
com a suavidade de minhas mãos e;
abraçar-te-ei até,
que o terremoto abrande e,
permitirei que colhas as gotas
de orvalho que brotam
na relva de meu ventre!

Beijarei teus olhos fechados,
até que o medo passe e vejas,
que estou contigo
(não sou uma miragem) e,
pronta a saciar tua sede,
no oásis que se forma,
na areia de minhas coxas.

Estou aqui, meu amado poeta,
são minhas mãos que te acarinham e,
meus lábios e minha língua quente,
que sugam a vida no céu da tua boca!

Sim, meu amado poeta,
meus olhos são estrelas,
que te iluminam e te orientam,
para que navegues com destreza,
neste mar revolto,
onde as ondas nos jogam,
um de encontro ao outro,
permitindo que nossas curvas,
se achem e se encaixem,
no encontro perfeito...
Sim, meu amado poeta,
minha língua pode ser
o céu ou o inferno,
que te espera decidido,
mas qualquer que seja tua escolha,
levar-te-ei às estrelas
ou a queda abissal,
de um gozo sem fim...

Digo, ainda meu amado poeta,
que esta hora, é muito mais
do que uma hora.
É muito, muito mais
do que um só dia,
é muito mais, é bem mais,
que a eternidade, e,
escreveremos muitos poemas,
eu sobre teu corpo e,
tu sobre o meu,
com tinta de beijos!
a

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