Para você ganhar
belíssimo Ano Novo cor do arco-íris,
ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação
com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) novo,
espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come,
se passeia,
se ama,
se compreende,
se trabalha,
você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir
nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade,
recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro,
tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você
que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.
Por Carlos Drummond de Andrade
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro eles alçam vôo como de um alçapão, eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... (Mário Quintana)
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Feliz Ano Novo...com muito AMOR!
Sobre o mundo,
mais uma vez,
estende-se o crepúsculo,
de mais um ano.
Alegrias e tristezas,
vitórias e derrotas,
ilusões e desencantos,
encontros e desencontros.
Marcas...
indeléveis ou não...
rastros...
de passos e paradas...
e aqui estou eu,
de novo,
buscando ansiosamente,
o largo horizonte,
do novo ano que chega!
Anseios e planos,
desejos, vontades,
novas buscas,
transbordam em meu coração,
na espera de tudo seja melhor,
que todos sejamos mais felizes,
porém,
sempre há uma nuvem,
que ameaça o sol de amanhã.
As dificuldades,
a luta pela sobrevivência,
o amor que não aconteceu,
a miséria,
presença constante
nos noticiários diários,
assustam,
assombram meu caminho.
Obstaculizam,
a concretização de meus sonhos mais belos.
O egoísmo,
o desamor,
pragas destruidoras,
que procuram sem cerimônia
e encontram, infelizmente,
guarida no coração
dos homens sedentos
e insatisfeitos,
cansados e desiludidos...
Se possível,
ao nascer do sol deste ano novo,
eu gostaria de colocar,
lá dentro,
de cada ser humano:
- uma dose bem grande de amor,
de compreensão,
de carinho,
de aceitação,
de disponibilidade
e de perdão,
para vê-los todos,
unidos na família,
no trabalho,
na comunidade.
E que todos,
percebessem o seguinte:
- diante de ti,
verdes campos,
cobertos de trevos e de flores,
descortinam-se e convidam-te,
a percorrê-los.
Mas não vás sozinho (a)!
Não vás sozinho (a),
pois a felicidade,
não medra na solidão
e na aridez do deserto...
Acorda!
Pois ao teu lado,
alguém espera um gesto teu,
alguém de mãos vazias
e com o coração inquieto.
Encha, com as tuas,
estas mãos e plenifica com teu amor,
este coração!
Não esqueças, por favor,
que és humano!
Não sufoques os sentimentos,
que te distinguem dos irracionais!
E ame!
Ame porque apenas o amor,
te faz maior.
Desejo-te, que:
- a cada dia deste outro ano,
encontres a coragem
e a força de que necessitas,
para recomeçar a amar,
afim de não deixá-lo
envelhecer e cansar,
afim de não deixá-lo morrer!
Amar e deixar-se amar,
leva ao infinito!
Tem gosto de céu na terra...
Feliz Novo Ano...
com muito AMOR!
mais uma vez,
estende-se o crepúsculo,
de mais um ano.
Alegrias e tristezas,
vitórias e derrotas,
ilusões e desencantos,
encontros e desencontros.
Marcas...
indeléveis ou não...
rastros...
de passos e paradas...
e aqui estou eu,
de novo,
buscando ansiosamente,
o largo horizonte,
do novo ano que chega!
Anseios e planos,
desejos, vontades,
novas buscas,
transbordam em meu coração,
na espera de tudo seja melhor,
que todos sejamos mais felizes,
porém,
sempre há uma nuvem,
que ameaça o sol de amanhã.
As dificuldades,
a luta pela sobrevivência,
o amor que não aconteceu,
a miséria,
presença constante
nos noticiários diários,
assustam,
assombram meu caminho.
Obstaculizam,
a concretização de meus sonhos mais belos.
O egoísmo,
o desamor,
pragas destruidoras,
que procuram sem cerimônia
e encontram, infelizmente,
guarida no coração
dos homens sedentos
e insatisfeitos,
cansados e desiludidos...
Se possível,
ao nascer do sol deste ano novo,
eu gostaria de colocar,
lá dentro,
de cada ser humano:
- uma dose bem grande de amor,
de compreensão,
de carinho,
de aceitação,
de disponibilidade
e de perdão,
para vê-los todos,
unidos na família,
no trabalho,
na comunidade.
E que todos,
percebessem o seguinte:
- diante de ti,
verdes campos,
cobertos de trevos e de flores,
descortinam-se e convidam-te,
a percorrê-los.
Mas não vás sozinho (a)!
Não vás sozinho (a),
pois a felicidade,
não medra na solidão
e na aridez do deserto...
Acorda!
Pois ao teu lado,
alguém espera um gesto teu,
alguém de mãos vazias
e com o coração inquieto.
Encha, com as tuas,
estas mãos e plenifica com teu amor,
este coração!
Não esqueças, por favor,
que és humano!
Não sufoques os sentimentos,
que te distinguem dos irracionais!
E ame!
Ame porque apenas o amor,
te faz maior.
Desejo-te, que:
- a cada dia deste outro ano,
encontres a coragem
e a força de que necessitas,
para recomeçar a amar,
afim de não deixá-lo
envelhecer e cansar,
afim de não deixá-lo morrer!
Amar e deixar-se amar,
leva ao infinito!
Tem gosto de céu na terra...
Feliz Novo Ano...
com muito AMOR!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Será que vais chegar um dia?...
Te esperarei
cansada
de solidão,
de amor,
de vida.
Te esperarei
sedenta
de carinho,
de vazio,
de nada.
Te esperarei
carente
de presença,
de tudo,
de ti.
Será que vais chegar um dia,
meu amado poeta de além mar?...
cansada
de solidão,
de amor,
de vida.
Te esperarei
sedenta
de carinho,
de vazio,
de nada.
Te esperarei
carente
de presença,
de tudo,
de ti.
Será que vais chegar um dia,
meu amado poeta de além mar?...
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Será isto, o que restou de nós dois?
De noite eu me sento aqui,
e vejo tudo como num filme,
sinto-me assim tão perto de ti.
Na cama vazia deito-me,
e viajo num sonho de profundo prazer,
sinto-me assim abraçada a ti.
Sinto seu abraço quente,
e sua respiração ofegante e alucinada,
seu corpo trêmulo vestindo o meu,
teu perfume ainda corre em minha pele,
como antes, teu suspiro de prazer ,
teu beijos que escorrem por meu corpo
e sinto que de tudo,
restou- me tua presença ausente!
Vejo a água escorrer em teu corpo,
misturada à espuma do sabonete,
que desliza sobre tua pele,
o cheiro dos lençóis,
o delírio do desejo.
Em nossos corpos só a atração,
de nossas mãos,
que exploram e acariciam,
dos beijos lascivos,
que nos atiçam e preparam,
para a luta que se inicia,
e que termina sem vencedor!
É assim meu amado,
entre estrelas cadentes,
que refaço todas as noites,
três pedidos...
Te esquecer... esquecer...esquecer...
Será isso, o que restou de nós dois?
Se tudo o que eu quero,
é ainda ser, seu maior prazer?
Se tudo o que eu quero,
é ainda ser, seu amor insano?
E senti-lo na hora do prazer,
e dizer-te...
o quanto eu te amo, meu amor...
e acordar sempre enrredada,
em teus abraços de uma vez...
a
e vejo tudo como num filme,
sinto-me assim tão perto de ti.
Na cama vazia deito-me,
e viajo num sonho de profundo prazer,
sinto-me assim abraçada a ti.
Sinto seu abraço quente,
e sua respiração ofegante e alucinada,
seu corpo trêmulo vestindo o meu,
teu perfume ainda corre em minha pele,
como antes, teu suspiro de prazer ,
teu beijos que escorrem por meu corpo
e sinto que de tudo,
restou- me tua presença ausente!
Vejo a água escorrer em teu corpo,
misturada à espuma do sabonete,
que desliza sobre tua pele,
o cheiro dos lençóis,
o delírio do desejo.
Em nossos corpos só a atração,
de nossas mãos,
que exploram e acariciam,
dos beijos lascivos,
que nos atiçam e preparam,
para a luta que se inicia,
e que termina sem vencedor!
É assim meu amado,
entre estrelas cadentes,
que refaço todas as noites,
três pedidos...
Te esquecer... esquecer...esquecer...
Será isso, o que restou de nós dois?
Se tudo o que eu quero,
é ainda ser, seu maior prazer?
Se tudo o que eu quero,
é ainda ser, seu amor insano?
E senti-lo na hora do prazer,
e dizer-te...
o quanto eu te amo, meu amor...
e acordar sempre enrredada,
em teus abraços de uma vez...
a
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Definição de amor.
Ao te conhecer
me extasiei,
me iludi,
me desiludi!
Você para mim,
foi como a noite escura,
e como um lindo dia de sol!
Com você, sonhei,
estar do outro lado da lua;
mas, estava apenas,
no "mundo da lua"!
Ao te perder,
me estarreci?
Não. Só me desiludi.
Você para mim,
foi um pedaço de um mundo,
que eu quis para mim.
Um mundo programado, desejado,
mas que só, ficou projetado,
no espaço (tridimensional).
Espaço no qual sonhei,
me perder com você!
E nisto tudo,
lembrei-me,
de uma definição de amor,
lida há muito tempo,
não lembro onde e,
que todos buscamos:
"O amor é uma imagem sem rosto,
a qual se quer dar forma.
Assim, ninguém pode fugir do amor
ou negá-lo, quando a imagem sem rosto,
adquire uma face,
de homem ou de mulher".
a
me extasiei,
me iludi,
me desiludi!
Você para mim,
foi como a noite escura,
e como um lindo dia de sol!
Com você, sonhei,
estar do outro lado da lua;
mas, estava apenas,
no "mundo da lua"!
Ao te perder,
me estarreci?
Não. Só me desiludi.
Você para mim,
foi um pedaço de um mundo,
que eu quis para mim.
Um mundo programado, desejado,
mas que só, ficou projetado,
no espaço (tridimensional).
Espaço no qual sonhei,
me perder com você!
E nisto tudo,
lembrei-me,
de uma definição de amor,
lida há muito tempo,
não lembro onde e,
que todos buscamos:
"O amor é uma imagem sem rosto,
a qual se quer dar forma.
Assim, ninguém pode fugir do amor
ou negá-lo, quando a imagem sem rosto,
adquire uma face,
de homem ou de mulher".
a
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Vou te encontrar na chuva...
domingo, 30 de novembro de 2008
Balanço!
Eu te perdi,
ou melhor,
ambos perdemos.
Eu, porque tu eras,
aquele a quem eu mais amava.
Tu, porque eu era,
aquela te amava mais!
Porém,
se fizermos o balanço
de nosso relacionamento,
com certeza,
tu perdeste
muito mais do que eu.
Pois eu, posso amar
a outro como amei a ti,
porém a ti,
jamais serás amado,
como eu te amei!
ou melhor,
ambos perdemos.
Eu, porque tu eras,
aquele a quem eu mais amava.
Tu, porque eu era,
aquela te amava mais!
Porém,
se fizermos o balanço
de nosso relacionamento,
com certeza,
tu perdeste
muito mais do que eu.
Pois eu, posso amar
a outro como amei a ti,
porém a ti,
jamais serás amado,
como eu te amei!
a
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Amor!
Vazio...
Foste o céu,
que eu sonhei ter chegado.
Foste alguém,
que interrompeu o meu sonho.
Foste o vento,
que soprou minha alegria.
Foste o chão,
que eu pisei sem caminhar.
Foste o mar,
que eu naveguei sem rumo.
Foste a luta,
que eu tive sem glória.
Foste a chuva,
que caiu sem molhar.
Foste alguém,
que simplesmente chegou,
sem ter chegado.
Foste alguém,
que simplesmente passou...
e deixou em mim,
um vazio, de sonhos,
um vazio, de desejos,
um vazio, de saudades,
um vazio, de tudo,
que eu sonhei ter chegado.
Foste alguém,
que interrompeu o meu sonho.
Foste o vento,
que soprou minha alegria.
Foste o chão,
que eu pisei sem caminhar.
Foste o mar,
que eu naveguei sem rumo.
Foste a luta,
que eu tive sem glória.
Foste a chuva,
que caiu sem molhar.
Foste alguém,
que simplesmente chegou,
sem ter chegado.
Foste alguém,
que simplesmente passou...
e deixou em mim,
um vazio, de sonhos,
um vazio, de desejos,
um vazio, de saudades,
um vazio, de tudo,
e o que dói mesmo,
é pensar, que um dia,
tive as mãos cheias...
cheias de ti!
a
sábado, 22 de novembro de 2008
Código das Ondinas e Nereidas.
a
a
Eu sou como a água,
nenhuma barreira poderá represar-me,
e impedir que eu me torne um Grande Oceano.
Se barrarem a minha passagem,
colocando grandes pedras em meu caminho,
me transformarei em torrente,
em cachoeira e saltarei impetuosamente.
Se me fecharem todas as saídas,
eu me infiltrarei no subsolo,
permanecerei oculta por algum tempo;
mas não tardarei a reaparecer,
e em breve estarei jorrando
através de fontes cristalinas,
para saciar deliciosamente,
a sede dos caminhantes nômades.
Se me impedirem também
de penetrar no subsolo,
eu transformarei em vapor.
Formarei nuvens e cobrirei os céus,
e chegando a hora,
atrairei furacões, maremotos,
provocarei relâmpagos e trovões,
desabarei torrencialmente,
inundarei e romperei qualquer barreira,
e serei finalmente,
um Grande Oceano.
a
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Mil carícias.
Você deu-me consciência
de que eu forte e em mim,
havia a serenidade,
que há nos fortes!
Você deu-me consciência
de que eu era importante,
e com isso,
deu-me paz interior!
Você ajudou-me a encontrar-me,
quando estava perdida,
entre brumas em mim mesma.
Agora, me tirou tudo e nada sou,
sou zero e não infinito.
Você me fez impaciente,
você me deixou perdida,
perdida num emaranhado
de palavras soltas,
soltas e vãs!
Você foi uma grande piada,
a única piada que eu amei,
porque mil carícias,
do teu corpo recebi e,
um milhão de carícias
dei a ti!
a
de que eu forte e em mim,
havia a serenidade,
que há nos fortes!
Você deu-me consciência
de que eu era importante,
e com isso,
deu-me paz interior!
Você ajudou-me a encontrar-me,
quando estava perdida,
entre brumas em mim mesma.
Agora, me tirou tudo e nada sou,
sou zero e não infinito.
Você me fez impaciente,
você me deixou perdida,
perdida num emaranhado
de palavras soltas,
soltas e vãs!
Você foi uma grande piada,
a única piada que eu amei,
porque mil carícias,
do teu corpo recebi e,
um milhão de carícias
dei a ti!
a
domingo, 16 de novembro de 2008
O Google não quer você veja isto aqui.
Quartéis, fronteiras, zonas de guerra; conheça os locais censurados pelo site
- Observatório Naval - base militar onde mora o vice-presidente dos EUA
- Usina nuclear Indian point - em Nova York
- Base aérea da OTAN na Alemanha
- Possível silo de mísseis nucleares na Rússia
- Iraque: base militar inglesa em Basra
- Israel - Eilat
Texto de Bruno Garattoni
Publicado na Revista Superinteressante -Ed. 256- Setembro 2008
Com o Google Maps, você pode ver o mundo inteiro de cima. Ou melhor: quase. Pouca gente sabe, mas o serviço de mapas é fortemente censurado - dezenas de lugares, de bases militares a instalações governamentais, têm suas imagens bloqueadas. Pode parecer teoria da conspiração, mas não é: a empresa admite que há censura. Mas diz que não tem culpa. “O Google não distorce as imagens. Nós usamos as fotos que recebemos dos nossos fornecedores. E algumas delas vêm, sim, alteradas”, disse um porta-voz do Google ao jornal San Francisco Chronicle. As responsáveis pela censura seriam as empresas que operam os satélites fotográficos e vendem suas imagens ao Google. Elas assumem a responsabilidade. “Nós restringimos imagens que possam colocar os EUA em risco”, diz Chuck Herring, da empresa DigitalGlobe. E a censura não pára aí; as fotos de vários outros países também são manipuladas. Faça um tour aéreo pelos locais censurados:
- Observatório Naval - base militar onde mora o vice-presidente dos EUA
- Usina nuclear Indian point - em Nova York
- Base aérea da OTAN na Alemanha
- Possível silo de mísseis nucleares na Rússia
- Iraque: base militar inglesa em Basra
- Israel - Eilat
Texto de Bruno Garattoni
Publicado na Revista Superinteressante -Ed. 256- Setembro 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Teus olhos, meu amor .
Teus olhos, meu amor,
tem qualquer coisa:
de estranho,
misterioso,
singular!
Quando meu triste olhar,
neles repousa,
tem desejos,
de neles se afundar!
Quero a doce ilusão,
beber das profundezas,
desse doce mistério
de incertezas.
Olha-me só!
Não digas que me queres,
pois receio não acreditar
no que disseres,
e o teu olhar...
sabe mentir tão bem!
a
tem qualquer coisa:
de estranho,
misterioso,
singular!
Quando meu triste olhar,
neles repousa,
tem desejos,
de neles se afundar!
Quero a doce ilusão,
beber das profundezas,
desse doce mistério
de incertezas.
Olha-me só!
Não digas que me queres,
pois receio não acreditar
no que disseres,
e o teu olhar...
sabe mentir tão bem!
a
Tenho as mãos, vazias...
Olho ao redor,
o ambiente é bonito,
murmúrios,
casais apaixonados...
mas em mim,
o vazio da tua ausência...
o vazio em minhas mãos...
o vazio em meus lábios...
Não tenho você aqui comigo,
pensamentos gastos,
no profundo da noite!
Meus olhos buscam,
o horizonte dos teus.
Não tenho você aqui comigo.
Distância... e, isto transforma
o ambiente em algo insuportável,
para mim, saio a caminhar,
mais uma errante pela escuridão...
Pensando do quanto gostaria,
de ter você aqui comigo,
Pensando no quanto gostaria,
de estender as mãos,
no momento vazias de ti,
e te tocar!
Pensando no quanto gostaria,
de encontrar-te em meu caminho,
e dizer-te que nada mais sou,
só pelo fato de não poder,
TE AMAR!
A
aa
o ambiente é bonito,
murmúrios,
casais apaixonados...
mas em mim,
o vazio da tua ausência...
o vazio em minhas mãos...
o vazio em meus lábios...
Não tenho você aqui comigo,
pensamentos gastos,
no profundo da noite!
Meus olhos buscam,
o horizonte dos teus.
Não tenho você aqui comigo.
Distância... e, isto transforma
o ambiente em algo insuportável,
para mim, saio a caminhar,
mais uma errante pela escuridão...
Pensando do quanto gostaria,
de ter você aqui comigo,
Pensando no quanto gostaria,
de estender as mãos,
no momento vazias de ti,
e te tocar!
Pensando no quanto gostaria,
de encontrar-te em meu caminho,
e dizer-te que nada mais sou,
só pelo fato de não poder,
TE AMAR!
A
aa
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
A Maravilhosa Mulher de Leão!
A mulher de Leão é muita areia para o caminhãozinho de qualquer um. Ela é uma jóia rara que não se encontra em qualquer lugar!
Existe algo na mulher de Leão que pode assustar os homens: sua popularidade com o sexo masculino! Poucas são as leoninas que não vivem cercadas por muitos amigos e não possuam uma coleção de ex-namorados. Se você é do tipo de homem que detesta saber que é o vigésimo a ocupar o coração de uma mulher, desista!
E nem pense em tentar controlá-la ou forçar a barra para que jogue fora as fotos dos ex-namorados.
Ela é de Leão e este signo detesta ser controlado ou governado. E ela não tem culpa de ter nascido com esta capacidade maravilhosa de aglutinar o sexo oposto ao seu redor!
Se você sofre de complexo de inferioridade, a melhor coisa que deve fazer é esquecer esta "Rainha"!
O homem que espera que uma garota de Leão se ajoelhe para adorá-lo vai acabar dando com os burros na água, quando se trata da leonina!
Se você sofre de complexo de inferioridade, a melhor coisa que deve fazer é esquecer esta "Rainha"!
O homem que espera que uma garota de Leão se ajoelhe para adorá-lo vai acabar dando com os burros na água, quando se trata da leonina!
Fique feliz apenas com o fato dela permitir que a ame e fique do seu lado! Ela pode amar com muita paixão e intensidade, mas grande parte deste amor é direcionado para ela mesma! Se existe alguém que realmente se ama, esta pessoa é a leonina! Apesar desta frase parecer um tanto egoísta, ela não tem nada de egoísta. Esta mulher pode ser muito generosa, bondosa e compreensiva.
O que ela faz é apenas deixar claro que nunca aceitará ficar em segundo plano!
Apesar de fazer cara de pouco caso quando ouve um elogio, ela simplesmente não pode viver sem eles! E, é muito importante de nunca se esquecer de alimentar seu ego. Mas, seja criativo! Ela não se emociona com frases feitas ou românticas. Não adianta dizer que a ama, que está perdidamente apaixonado! Isto funciona com outras mulheres. Com ela o melhor é dizer: "Você é espetacular!!”
Apesar de fazer cara de pouco caso quando ouve um elogio, ela simplesmente não pode viver sem eles! E, é muito importante de nunca se esquecer de alimentar seu ego. Mas, seja criativo! Ela não se emociona com frases feitas ou românticas. Não adianta dizer que a ama, que está perdidamente apaixonado! Isto funciona com outras mulheres. Com ela o melhor é dizer: "Você é espetacular!!”
"A mulher de leão
Brilha na escuridão.
A mulher de leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.
A mulher de leão não tem perdão.
As mulheres de leão
Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de leão!
São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais."
Vinícius de Moraes
terça-feira, 11 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Vamos seguir o rastro da lua?
Não sei quanto tempo se passou, desde que recebi a correspondência. Quando me foi entregue, pelo colega que veio da Capital, nem olhei, agradeci e ali ficou ao meu lado, não queria nenhum contato com o mundo exterior.
Só queria olhar o mar, sereno e atraente, como um manto de cetim a ondular seus reflexos dourados.
O vento provavelmente, foi descansar. A atmosfera é um convite ao amor e a paz. Percebi meu colega sentar-se a meu lado, mas nada se fala, sinto seu respeito pelo meu silêncio. Este silêncio só é perturbado quando as ondas quebram na brancura da areia com respeitoso carinho, como quem não quer desfazer o encantamento da noite que começa a descer.
Não falamos. Deixamo-nos apenas embalar pela doce carícia do gigante que se aquieta e pede uma oportunidade para demonstrar toda sua mansidão.
Meu colega cita algo sobre seu retorno, mas não assimilo, só meu corpo está presente, minha alma vagueia naquela imensidão. Mas ele insiste, trouxe-me aquelas coisas, pois tinha algo que parecia urgente, pergunta-me se preciso de algo mais, respondo: - Paz, meu amigo, bye! Ele levanta, acena e afasta-se em direção ao carro. Por que será mesmo que ele trouxe-me tudo aquilo? Olho contrariada, pois são contatos do mundo do qual exilei-me voluntária e temporariamente. Como estão ali, resolvo a contragosto, olhar para tão importantes documentos. Em minha pequenez, paro e assisto, mais uma vez à lição de amor que a natureza me ensina. O mar a cada onda, deposita na praia um beijo de reconciliação e; no encontro profundo entre a terra, o céu e o mar, todos os limites são eliminados, quedam-se as divisões e só existe a unidade do Universo.
Abro o primeiro pacote e vejo você, meu querido poeta de além mar, logo quando eu queria afastar-me de tudo, você chega até mim, através de um livro e abraço-te junto ao peito, sinto teu cheiro, teu gosto, teu calor, tua boca na minha e teu corpo colado ao meu. Deito-me na areia branca, não posso crer! Nem isolando-me do mundo, consigo arrancar-te de dentro de mim, tu vens; atravessas o oceano e aqui estás de novo a tirar-me o fôlego, a paz que eu, momentaneamente, parecia ter encontrado e estou novamente sem chão. Não preciso ler nenhum dos poemas, cada sílaba percorre minha pele; eu os sinto um a um, enlouquecendo-me...
E ali ficamos, deitados na areia branca, imitando as carícias do mar. E apenas nos deixamos ficar. Ouvindo o silencioso murmúrio das águas. Admirando a elegância da lua que passeia entre as estrelas vestida de festa. Sentindo o calor da terra em êxtase a experimentar esses momentos de rara ternura e harmonia. Não vemos bombas, máquinas, guerras ou violência. Somos nós e o Criador, em sintonia total. Acho que estamos no paraíso, meu amado poeta de além mar, tudo é lindo, tudo é bom, puro e perfeito. Levanta-mo-nos e nossas silhuetas recortam-se contra o céu e o mar (como na capa do livro, que mantenho abraçado em meu peito), e nossa simples presença é pacificante...
Difícil, encontrar esta sensação em nossos dias, onde tudo em nossa volta é tão limitado, tão finito, tão matéria! Sinto que neste momento estamos em comunhão, apenas a vida se manifesta esplendorosa, magnífica e nossos corações provam um gosto incomum.
E por ser lindo e bom estarmos aqui, não quero que acabe. Gostaria de que o mundo parasse agora. Que estacionássemos o tempo neste momento. E, olho para o céu e peço que tudo permaneça exatamente e indefinidamente assim... O que eu respiro é amor. Sinto a força desse amor instalando-se no ambiente, envolvendo-nos, impregnando-nos, embriagando-nos...
Sei que sentes como eu, meu amado poeta de além mar, do quanto seria bom ficar assim. Podermos esquecer todo o resto e sairmos, devagarinho, mãos dadas, seguindo o rastro da lua...
a
a
domingo, 9 de novembro de 2008
Matéria devagar...
Essa matéria é devagar quase parada
Ô professora, bota fio neste circuito
Esse assunto tem um fim na sexta-feira.
Na Escola Rio Branco, sim senhora.
Se esse "trem" não chegar a tempo
Vou perder minha formatura
Ô motorista atraca fio nesta porqueira,
que nesse tranco vou perder minha sexta-feira.
Se chego tarde não vou vou cantar,
Eu perco a festa e o jantar.
A moça não é nenhuma "nerd"
Mas é esforçada e vai passar.
Mas sempre é bom e aconselhável,
Unir o útil ao agradável.
Entupiram a lotação
E eu nem sou desse vagão.
Mas que baita confusão,
Tem elétron e próton,
eletricidade e indução.
Só me falta atração,
ora vá prá associação.
(resistor, resistor, resistor)
Se por acaso eu não cantar
alguém vai ter que indenizar...
Por que não joga esse museu no ferro velho
e compra logo um trem elétrico, sim senhora.
No dia alegre da formatura,
peguei o canudo, toda emocionada,
a professora me garantiu
que a carga elétrica já foi pro fio.
(resistor, resistor, resistor)
Se por acaso eu não passar
alguém vai ter que indenizar,
É essa tal professora Cíntia,
É essa tal professora Cíntia.
a
Ô professora, bota fio neste circuito
Esse assunto tem um fim na sexta-feira.
Na Escola Rio Branco, sim senhora.
Se esse "trem" não chegar a tempo
Vou perder minha formatura
Ô motorista atraca fio nesta porqueira,
que nesse tranco vou perder minha sexta-feira.
Se chego tarde não vou vou cantar,
Eu perco a festa e o jantar.
A moça não é nenhuma "nerd"
Mas é esforçada e vai passar.
Mas sempre é bom e aconselhável,
Unir o útil ao agradável.
Entupiram a lotação
E eu nem sou desse vagão.
Mas que baita confusão,
Tem elétron e próton,
eletricidade e indução.
Só me falta atração,
ora vá prá associação.
(resistor, resistor, resistor)
Se por acaso eu não cantar
alguém vai ter que indenizar...
Por que não joga esse museu no ferro velho
e compra logo um trem elétrico, sim senhora.
No dia alegre da formatura,
peguei o canudo, toda emocionada,
a professora me garantiu
que a carga elétrica já foi pro fio.
(resistor, resistor, resistor)
Se por acaso eu não passar
alguém vai ter que indenizar,
É essa tal professora Cíntia,
É essa tal professora Cíntia.
a
Esta "obra prima" foi escrita parodiando a letra da música "Maria Fumaça" de Kleiton e Kledir, para nossa colega Deise apresentar na última sexta-feira, na aula de Física. Ela foi composta por Deise, Rejane e Eu, mais na orientação sobre a disciplina em si. Se eu fosse a Professora Cíntia, eu aprovaria a Deise pelo esforço; porque pensando bem não ficou lá muito boa não! A dupla que apresentou a música chamar-se-ia DeiseKlei e LucianaDir e, de verdade, desejo que tenham sido aprovadas; pois sei o que é estudar e trabalhar e a "LAIDEKEITE" merece!
a
sábado, 8 de novembro de 2008
Democracia!
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”
Voltaire (1694-1778)
a
Estive uns cinco dias perambulando por lugares estranhos e, convivendo com estranhas criaturas; resultado de um estado febril (uma bactéria da extrema esquerda casada com outra da extrema direita liberal - por isso sou ferrenhamente contra casamentos - alguém tente me convencer que um casamento como este tem lógica, uniram-se para atacar-me). Parece-me que elas foram contratadas, por alguns anti-democratas que não gostam de ouvir verdades. Pois bem, como é do conhecimento de vocês, sou do tipo que não me calo e, aparentemente estas verdades ditas por mim, ofenderam algumas "autoridades" e culminou o assunto, desta forma ignóbil - EU, a Leoa (Rainha da Floresta), sendo atacada por estes micro organismos inferiores! Tudo o resto, dispensa comentários e, para citar outro grande filósofo bem mais contemporâneo, deixo-lhes:
a
POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mário Quintana (1906-1994)
a
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Existir é diferente de viver, meu poeta!
E neste dia,
foi-se minha vida,
e tudo o que de mais quente,
nela havia,
ardia e crescia.
A mudez de alguns cigarros,
e eu odeio cigarros;
restaram como alternativa,
para uma mulher que,
a partir de agora:
- vai caminhar do que pisar;
- vai chorar do que lembrar;
- vai mais dormir do que sonhar;
- vai olhar do que viver,
existir é diferente de viver, meu poeta!
E neste dia,
não houve dia,
não houve sol,
nem vontade.
Acabaram-se os sons e,
só houve o cansaço.
As ondas do mar,
vão até um pedaço de praia e,
retornam ao fundo do mar.
Eu alcancei um ponto da paixão,
mas diferente das ondas,
não retorno,
não apago a vida, nem me diluo no ar!
E neste dia,
morreu um pássaro,
também todos os jardins,
também todos os homens e,
as auroras,
também todas as poesias e,
o passado!
Fotografias!
Também mil anos,
também o fogo,
a paz e a voz dos humanos,
que nunca,
me auxiliaram em nada!
a
foi-se minha vida,
e tudo o que de mais quente,
nela havia,
ardia e crescia.
A mudez de alguns cigarros,
e eu odeio cigarros;
restaram como alternativa,
para uma mulher que,
a partir de agora:
- vai caminhar do que pisar;
- vai chorar do que lembrar;
- vai mais dormir do que sonhar;
- vai olhar do que viver,
existir é diferente de viver, meu poeta!
E neste dia,
não houve dia,
não houve sol,
nem vontade.
Acabaram-se os sons e,
só houve o cansaço.
As ondas do mar,
vão até um pedaço de praia e,
retornam ao fundo do mar.
Eu alcancei um ponto da paixão,
mas diferente das ondas,
não retorno,
não apago a vida, nem me diluo no ar!
E neste dia,
morreu um pássaro,
também todos os jardins,
também todos os homens e,
as auroras,
também todas as poesias e,
o passado!
Fotografias!
Também mil anos,
também o fogo,
a paz e a voz dos humanos,
que nunca,
me auxiliaram em nada!
a
domingo, 2 de novembro de 2008
Quem é menos burro, o homem ou a mulher?
Não interessa se você é homem ou mulher: o sexo não diz nada sobre o tamanho da inteligência. Mas nem por isso os dois têm cérebros iguais. Veja como essas diferenças podem influenciar nas escolhas mais importantes da sua vida. E dizer quem você é.
Auditório da Escola Primária de Springfield. Diante da platéia, o diretor Seymour Skinner homenageia uma ex-aluna que se deu bem no show businnes: “Ela só tirava boas notas! Não em matemática, já que ela é mulher, mas...” Au! Falou a coisa errada na pior hora. As mulheres que lotam o lugar vaiam e pedem a cabeça do diretor. E ele perde o emprego. Entra uma diretora no lugar e ela tira a matemática tradicional do currículo das meninas, por se tratar de uma “ciência machista”. Tudo para o desespero de Lisa, que adora problemas e equações.
Esse episódio de Os Simpsons brinca com aquela polêmica de 2005, quando o então reitor da Universidade Harvard, Lawrence Summers, disse que havia explicações biológicas para o fato de haver poucas mulheres na elite científica. Mas até que ponto Summers falou besteira? Tudo começa com um fato: quando o assunto é aptidão para ciências exatas, as diferenças estatísticas são claras. Mais de 70% dos estudantes de engenharia no Brasil são homens, enquanto as mulheres dominam nas ciências humanas. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos, um exame aplicado em 42 países, a nota média das meninas é maior que a dos meninos em compreensão de texto. E menor em matemática.
Com tudo isso, fica a polêmica: o que causa essas disparidades? Seriam resultado de discriminação, já que as meninas seriam desencorajadas de se dedicar a “coisas de homem”? Ou as aptidões de cada sexo são diferentes mesmo? A resposta é: um pouco de cada.
Começando pela biologia. O que não falta são evidências de algo que você já sabe: as mulheres entendem melhor de pessoas; os homens, de coisas. Elas são mais habilidosas para saber o que o outro está sentindo, enquanto eles levam mais jeito com objetos, ferramentas, sistemas mecânicos. “Grande novidade”, diria qualquer um. Mas existe uma novidade, sim. Estudos recentes mostram que essas características se manifestam desde os primeiros momentos da vida, o que põe em xeque a teoria de que esse tipo de comportamento é resultado apenas da sociedade – que “doutrinaria” ao dar bonecas a elas e caminhõezinhos a eles. “Nossas pesquisas em Cambridge mostram que as crianças apresentam sinais dessas aptidões logo ao nascer: as meninas olham rostos por mais tempo e os meninos se concentram mais em móbiles. Com 1 ano de idade, os garotos mostram uma preferência bem maior por filmes de carros (sistemas mecânicos) do que por vídeos mostrando rostos (cheios de expressões emocionais). E as meninas têm um comportamento oposto”, disse o psicólogo inglês Simon Baron-Cohen em um artigo sobre seus estudos.
O comportamento, aliás, nem é exclusividade de nós, humanos : macaquinhos gostam mais de brincar com caminhões de plástico do que macaquinhas. Esse tipo de predileção dá origem a outra diferença comprovada por centenas de estudos: a de que os homens têm mais habilidade para imaginar objetos tridimensionais e girá-los com a mente. Não, isso não serve só para jogar tetris. A manipulação mental de coisas é a essência do pensamento matemático abstrato. Quem leu a reportagem sobre os maiores cérebros do mundoviu que as idéias de Einstein surgiam para ele na forma de imagens que se combinavam na cabeça, e só depois iam para o papel na forma de equações. Além dele, cientistas quase tão importantes quanto o alemão, como Michael Faraday, James Maxwell, Nicola Tesla e James Watson, diziam fazer a mesma coisa. Então é natural que os homens tendam a escolher carreiras em que essa capacidade faz a diferença. Daí as classes de física e de engenharia lotadas de marmanjos. Entre as mulheres, vale o contrário. Como a habilidade de lidar com pessoas tem mais a ver com o cérebro feminino, elas em geral se sentem mais atraídas por carreiras em que vão lidar com gente ou com sentimentos, como psicologia, medicina, letras, educação...
Ainda assim, fica a questão da falta de mulheres no topo científico. A resposta pode estar em uma estatística: as médias de inteligência são idênticas para homens e mulheres. Mas o QI dos machos varia mais: os homens são maioria tanto entre as pessoas mais broncas como entre as de QI mais alto. “Mais prodígios, mais idiotas”, resumiu o psicólogo Steven Pinker, de Harvard.
Só cuidado para não generalizar: tudo o que você viu aqui são estatísticas. Falar sobre as aptidões intelectuais de cada sexo é como avaliar a altura média da população. Os machos são mais altos? Sim, mas isso não significa que não existam mulheres maiores que homens. Sem falar que, quando o assunto é a mente, as diferenças são mais sutis. E o que não falta são mulheres mais competentes que homens mesmo em ciências exatas – e nada impede que agora mesmo existam várias mais competentes nessa área que qualquer homem da face da Terra. Mais: o próprio Baron-Cohen diz que seus estudos também mostram muitos homens com “cérebros femininos”, que preferem pessoas a coisas, e mulheres com “mentes masculinas”. Só que isso não invalida os dados sobre a média.
Revolução das mulheres
Mas até que ponto a sociedade influi no desempenho das meninas com exatas? Se o mundo fosse menos machista, a diferença diminuiria? Sim. O Teste de Aptidão Escolar, que todo estudante americano tem de fazer antes de entrar para a universidade, é um belo termômetro disso: conforme as mulheres foram ganhando espaço na sociedade, a distância entre meninos e meninas nas provas de matemática minguou. Há 30 anos, havia 13 machos para cada fêmea entre os que tiravam mais de 700 em matemática nesse teste (uma nota alta). Hoje são 2,8 por um. Quando a nota de corte sobe para 760, a proporção de homens cresce junto: vai a 7 para 1. Mas de novo: isso não invalida o dado de que as garotas tiveram um ganho absurdo depois que a opressão diminuiu. E hoje, as meninas têm mais chance de fazer e acontecer na área que acharem melhor, sem ninguém para encher a paciência. A não ser que seu nome seja Lisa Simpson.
Auditório da Escola Primária de Springfield. Diante da platéia, o diretor Seymour Skinner homenageia uma ex-aluna que se deu bem no show businnes: “Ela só tirava boas notas! Não em matemática, já que ela é mulher, mas...” Au! Falou a coisa errada na pior hora. As mulheres que lotam o lugar vaiam e pedem a cabeça do diretor. E ele perde o emprego. Entra uma diretora no lugar e ela tira a matemática tradicional do currículo das meninas, por se tratar de uma “ciência machista”. Tudo para o desespero de Lisa, que adora problemas e equações.
Esse episódio de Os Simpsons brinca com aquela polêmica de 2005, quando o então reitor da Universidade Harvard, Lawrence Summers, disse que havia explicações biológicas para o fato de haver poucas mulheres na elite científica. Mas até que ponto Summers falou besteira? Tudo começa com um fato: quando o assunto é aptidão para ciências exatas, as diferenças estatísticas são claras. Mais de 70% dos estudantes de engenharia no Brasil são homens, enquanto as mulheres dominam nas ciências humanas. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos, um exame aplicado em 42 países, a nota média das meninas é maior que a dos meninos em compreensão de texto. E menor em matemática.
Com tudo isso, fica a polêmica: o que causa essas disparidades? Seriam resultado de discriminação, já que as meninas seriam desencorajadas de se dedicar a “coisas de homem”? Ou as aptidões de cada sexo são diferentes mesmo? A resposta é: um pouco de cada.
Começando pela biologia. O que não falta são evidências de algo que você já sabe: as mulheres entendem melhor de pessoas; os homens, de coisas. Elas são mais habilidosas para saber o que o outro está sentindo, enquanto eles levam mais jeito com objetos, ferramentas, sistemas mecânicos. “Grande novidade”, diria qualquer um. Mas existe uma novidade, sim. Estudos recentes mostram que essas características se manifestam desde os primeiros momentos da vida, o que põe em xeque a teoria de que esse tipo de comportamento é resultado apenas da sociedade – que “doutrinaria” ao dar bonecas a elas e caminhõezinhos a eles. “Nossas pesquisas em Cambridge mostram que as crianças apresentam sinais dessas aptidões logo ao nascer: as meninas olham rostos por mais tempo e os meninos se concentram mais em móbiles. Com 1 ano de idade, os garotos mostram uma preferência bem maior por filmes de carros (sistemas mecânicos) do que por vídeos mostrando rostos (cheios de expressões emocionais). E as meninas têm um comportamento oposto”, disse o psicólogo inglês Simon Baron-Cohen em um artigo sobre seus estudos.
O comportamento, aliás, nem é exclusividade de nós, humanos : macaquinhos gostam mais de brincar com caminhões de plástico do que macaquinhas. Esse tipo de predileção dá origem a outra diferença comprovada por centenas de estudos: a de que os homens têm mais habilidade para imaginar objetos tridimensionais e girá-los com a mente. Não, isso não serve só para jogar tetris. A manipulação mental de coisas é a essência do pensamento matemático abstrato. Quem leu a reportagem sobre os maiores cérebros do mundoviu que as idéias de Einstein surgiam para ele na forma de imagens que se combinavam na cabeça, e só depois iam para o papel na forma de equações. Além dele, cientistas quase tão importantes quanto o alemão, como Michael Faraday, James Maxwell, Nicola Tesla e James Watson, diziam fazer a mesma coisa. Então é natural que os homens tendam a escolher carreiras em que essa capacidade faz a diferença. Daí as classes de física e de engenharia lotadas de marmanjos. Entre as mulheres, vale o contrário. Como a habilidade de lidar com pessoas tem mais a ver com o cérebro feminino, elas em geral se sentem mais atraídas por carreiras em que vão lidar com gente ou com sentimentos, como psicologia, medicina, letras, educação...
Ainda assim, fica a questão da falta de mulheres no topo científico. A resposta pode estar em uma estatística: as médias de inteligência são idênticas para homens e mulheres. Mas o QI dos machos varia mais: os homens são maioria tanto entre as pessoas mais broncas como entre as de QI mais alto. “Mais prodígios, mais idiotas”, resumiu o psicólogo Steven Pinker, de Harvard.
Só cuidado para não generalizar: tudo o que você viu aqui são estatísticas. Falar sobre as aptidões intelectuais de cada sexo é como avaliar a altura média da população. Os machos são mais altos? Sim, mas isso não significa que não existam mulheres maiores que homens. Sem falar que, quando o assunto é a mente, as diferenças são mais sutis. E o que não falta são mulheres mais competentes que homens mesmo em ciências exatas – e nada impede que agora mesmo existam várias mais competentes nessa área que qualquer homem da face da Terra. Mais: o próprio Baron-Cohen diz que seus estudos também mostram muitos homens com “cérebros femininos”, que preferem pessoas a coisas, e mulheres com “mentes masculinas”. Só que isso não invalida os dados sobre a média.
Revolução das mulheres
Mas até que ponto a sociedade influi no desempenho das meninas com exatas? Se o mundo fosse menos machista, a diferença diminuiria? Sim. O Teste de Aptidão Escolar, que todo estudante americano tem de fazer antes de entrar para a universidade, é um belo termômetro disso: conforme as mulheres foram ganhando espaço na sociedade, a distância entre meninos e meninas nas provas de matemática minguou. Há 30 anos, havia 13 machos para cada fêmea entre os que tiravam mais de 700 em matemática nesse teste (uma nota alta). Hoje são 2,8 por um. Quando a nota de corte sobe para 760, a proporção de homens cresce junto: vai a 7 para 1. Mas de novo: isso não invalida o dado de que as garotas tiveram um ganho absurdo depois que a opressão diminuiu. E hoje, as meninas têm mais chance de fazer e acontecer na área que acharem melhor, sem ninguém para encher a paciência. A não ser que seu nome seja Lisa Simpson.
a
Texto de Alexandre Versignassi e Giovana Girardi - Publicado na Revista Superinteressante - ED 256 - Setembro 2008
PARA SABER MAIS
Sex Differences in Cognitive Ability, Diane Halpern, Lawrence Eribaum, 2000.
Era noite, meu poeta, a chuva caía...
Era noite, meu poeta,
a chuva caía,
e o vento gritava nas calçadas,
e eu calada por ti gritei,
em desespero te chamei,
escondi meus desejos,
silêncio,
quisera senti-lo meu e,
quem me dera te amar.
Era noite, meu poeta,
a chuva caía,
e o vento gritava nas calçadas,
e eu quisera, apenas,
me estender no jardim do teu corpo,
e não ter hora, nem lugar
e apenas estar às quatro da manhã
e me sentir eterna!
a
a chuva caía,
e o vento gritava nas calçadas,
e eu calada por ti gritei,
em desespero te chamei,
escondi meus desejos,
silêncio,
quisera senti-lo meu e,
quem me dera te amar.
Era noite, meu poeta,
a chuva caía,
e o vento gritava nas calçadas,
e eu quisera, apenas,
me estender no jardim do teu corpo,
e não ter hora, nem lugar
e apenas estar às quatro da manhã
e me sentir eterna!
a
sábado, 1 de novembro de 2008
Delírio...
Olho e vejo,
ao meu redor, tudo é festa,
tudo é canto,
tudo é "poesia"!
Muda e triste, não sorrio,
pois minha mente já delira e,
teu rosto dança diante de mim,
como em flashes fotográficos.
E o brilho dos teus olhos e,
a tua boca e, o nosso beijo...
Ah! Se eu pudesse,
meu querido amor de além mar,
roçar teus lábios e,
por um momento,
sentir tua mão na minha!
E me embeber,
em teu sorriso e,
nunca colocar em minha rima,
o pranto!
a
ao meu redor, tudo é festa,
tudo é canto,
tudo é "poesia"!
Muda e triste, não sorrio,
pois minha mente já delira e,
teu rosto dança diante de mim,
como em flashes fotográficos.
E o brilho dos teus olhos e,
a tua boca e, o nosso beijo...
Ah! Se eu pudesse,
meu querido amor de além mar,
roçar teus lábios e,
por um momento,
sentir tua mão na minha!
E me embeber,
em teu sorriso e,
nunca colocar em minha rima,
o pranto!
a
LHC - Homenagem a você, Márcio querido!
Parece que é desta vez que entrará em funcionamento o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC - Large Hadron Collider ou em português, grande colisor de hádrons (foi acionado em 10/09/2008 e devido a uma pane, em um dos sistemas em 24/09/2008 - foi desligado, e só deverá voltar a funcionar em março de 2009). Orçado em 4 bilhões de euros, é a maior máquina do planeta, com um perímetro de 27Km de extensão e com um total de 9300 magnetos supercondutores no seu interior. Segundo muitos, esta é a máquina do juízo final.
Não é somente o maior acelerador de partículas mas também um dos maiores sistemas criogênicos, em que a temperatura dos magnetos supercondutores será de aproximadamente 271 graus negativos, utilizando cerca de 10.080 toneladas de nitrogênio líquido e 60 toneladas de hélio líquido. No entanto, o LHC é também uma máquina de extremo calor, pois quando da ocorrência da colisão de dois prótons, será gerada uma quantidade de calor de cerca de 100.000 vezes a temperatura do núcleo do sol.
O LHC contará ainda com o maior sistema de detecção jamais construído. Terá que ser capaz de detectar e gravar cerca de 600 milhões de colisões de prótons por segundo e medir o deslocamento de partículas e o tempo com uma precisão assombrosa. Para ter uma noção da resolução métrica e temporal, poderíamos dividir o metro em largos milhões e o segundo em largos bilhões, para igualar a capacidade do LHC.
Adicionalmente, um sistema desta magnitude terá que contar com a maior capacidade computacional jamais reunida. A quantidade de informação produzida por cada uma das grandes experiências efetuadas no LHC ocupará cerca de 100.000 DVDs de dupla camada por ano.
Entre muitas outras coisas, um dos principais objetivos do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares. Eu, particularmente, espero a comprovação da Teoria de Higgs - partícula Bóson de Higgs; que raio mais difícil de entender, lembra Márcio querido? Para isso irá contar com aproximadamente 2 mil físicos de 35 países (sendo que um dos físicos brasileiros é um "louquinho" como eu, que eu adoro) e dois laboratórios autônomos, o JINR (Joint Institute for Nuclear Research) e o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire).
Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Inclusive está atualmente a decorrer um processo no tribunal do Hawaí que tenta impedir a experiência, até que hajam mais provas de que não existem riscos. Outros ainda acusam o CERN de não ter realizado os estudos suficientes de impacto ambiental. Outra teoria ainda é a de que poderia ocorrer a formação de strange quarks; possibilitando uma reação em cadeia e geração de "matéria estranha", que pode possuir a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, gerando nova reação em cadeia na qual todo o planeta seria transformado.
Apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos de notável gabarito internacional como Stephen Hawking e Lisa Randall, além de vários outros físicos e engenheiros, afirmam que tais teorias são meramente absurdas e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando sob controle.
Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 1x10^−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um próton ele passaria pela terra sem tocar em nada (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), podendo encontrar um próton para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
Informações adicionais e relatórios sobre a segurança do LHC tem obviamente sido produzidos e poderão ser consultados no CERN.
Qual é a sua opinião? Será esta a máquina do juízo final ou um dos mais fantásticos e dispendiosos projetos científicos?
Não é somente o maior acelerador de partículas mas também um dos maiores sistemas criogênicos, em que a temperatura dos magnetos supercondutores será de aproximadamente 271 graus negativos, utilizando cerca de 10.080 toneladas de nitrogênio líquido e 60 toneladas de hélio líquido. No entanto, o LHC é também uma máquina de extremo calor, pois quando da ocorrência da colisão de dois prótons, será gerada uma quantidade de calor de cerca de 100.000 vezes a temperatura do núcleo do sol.
O LHC contará ainda com o maior sistema de detecção jamais construído. Terá que ser capaz de detectar e gravar cerca de 600 milhões de colisões de prótons por segundo e medir o deslocamento de partículas e o tempo com uma precisão assombrosa. Para ter uma noção da resolução métrica e temporal, poderíamos dividir o metro em largos milhões e o segundo em largos bilhões, para igualar a capacidade do LHC.
Adicionalmente, um sistema desta magnitude terá que contar com a maior capacidade computacional jamais reunida. A quantidade de informação produzida por cada uma das grandes experiências efetuadas no LHC ocupará cerca de 100.000 DVDs de dupla camada por ano.
Entre muitas outras coisas, um dos principais objetivos do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares. Eu, particularmente, espero a comprovação da Teoria de Higgs - partícula Bóson de Higgs; que raio mais difícil de entender, lembra Márcio querido? Para isso irá contar com aproximadamente 2 mil físicos de 35 países (sendo que um dos físicos brasileiros é um "louquinho" como eu, que eu adoro) e dois laboratórios autônomos, o JINR (Joint Institute for Nuclear Research) e o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire).
Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Inclusive está atualmente a decorrer um processo no tribunal do Hawaí que tenta impedir a experiência, até que hajam mais provas de que não existem riscos. Outros ainda acusam o CERN de não ter realizado os estudos suficientes de impacto ambiental. Outra teoria ainda é a de que poderia ocorrer a formação de strange quarks; possibilitando uma reação em cadeia e geração de "matéria estranha", que pode possuir a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, gerando nova reação em cadeia na qual todo o planeta seria transformado.
Apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos de notável gabarito internacional como Stephen Hawking e Lisa Randall, além de vários outros físicos e engenheiros, afirmam que tais teorias são meramente absurdas e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando sob controle.
Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 1x10^−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um próton ele passaria pela terra sem tocar em nada (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), podendo encontrar um próton para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
Informações adicionais e relatórios sobre a segurança do LHC tem obviamente sido produzidos e poderão ser consultados no CERN.
Qual é a sua opinião? Será esta a máquina do juízo final ou um dos mais fantásticos e dispendiosos projetos científicos?
a
Para você, querido Márcio, te desejo muito sucesso, pois és aquele "cara" muito inteligente e mereces o reconhecimento. Não só por teres te transformado "em rato branco de laboratório", mas por não teres me convencido a seguir contigo nesta empreitada. Eu sei, que quando desistíamos do que estávamos a fazer no laboratório e já estávamos quase na rua para tomarmos o ônibus de volta para casa; era eu quem tinha o "flash" e voltávamos correndo pelas rampas do prédio da Física e com certeza quem nos visse, ficava a imaginar o que tínhamos perdido ou descoberto! Se a opção, fosse a última, provavelmente seria alguma teoria nova, que derrubasse Einstein ou Newton. E você, meu querido, dizia que eu era o "cérebro maquiavélico" do Grupo (que algo tinha acontecido dentro de meu cérebro, talvez a mistura da Poesia + Matemática + Física + Engenharia= "Flash"*). Nosso outro parceiro, já partiu! E tenho certeza, que lá de cima, está a velar por nós e , a desejar que sejamos vitoriosos nas escolhas que fizemos! Sei, que em teu íntimo, me culpas por não ter seguido este caminho, mas eu sou do sol, da amplidão, da liberdade, da lua, da poesia...morreria, querido, se ficasse metade de minha vida dentro de um recinto fechado (sabes, querido, o meu laboratório é a liberdade, as estrelas e a vida!). Tu sabes o quanto confio, que jamais tu permitirás que esta máquina comece a funcionar, se houver o mínimo risco de nunca mais nos virmos. Beijo-te, querido e, quando voltares, brindaremos ao sucesso do LHC, que provará todas as teorias, que estudamos metade de nossas vidas! Daquela que te ama demais e tem o maior orgulho de ter convivido contigo nos melhores anos de nossas vidas, onde estamos em busca de um caminho de forma séria e ao mesmo tempo, aparentemente, descomprometida; pois achamos que o mundo um dia será nosso! Se precisares, conecta-me que ficarei 1 hora (em completo silêncio, a olhar os equipamentos e você a chamar-me de preguiçosa. Lembras?) e te direi, o que se liga com o quê, rsrsrs...na Universidade era assim, deve continuar a funcionar! Koka.
a
Referências: Minha cabeça conforme soma citada no texto (*), Wikipedia, Estado de São Paulo, boston.com (fotos), NYTimes, US/LHC, CERN LHC.
Foto: escolhi na Web, uma que lembrasse nós dois no Laboratório de Física, dois seres pensantes a imaginar qual seria o próximo passo para dominarmos todas as Teorias da Física.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Porque eu escrevo poesia??
Porque há meninos lamurientos,
e muitos lugares sem pão,
e em algum lugar,
uma mulher deu à luz,
a uma nova esperança.
Porque a esta hora,
em algum vilarejo,
ou na praça da esquina,
há um menino descalço,
e um velho se acomoda
em algum banco,
nesta mesma praça, para dormir.
E, quem sabe agora,
alguém recuperou sua liberdade!
Porque neste momento,
tenho uma mão amiga,
estendida para mim e,
uns passitos ressoam,
e uns passitos ressoam,
e um riso límpido e cristalino,
ressoa em minha casa,
no quarto ao lado e,
este mesmo sorriso puro,
me desperta,
todas as manhãs...
lembrando-me,
que tenho responsabilidades,
de uma maneira gostosa!
Porque eu escrevo poesia?
Porque amo, sinto,
aspiro e espero.
Porque me sinto viva e,
porque sei que um dia,
um dia aquele por quem espero,
estará ao meu lado!
Porque eu escrevo poesia?
Não, eu não a escrevo,
é ela quem descreve a mim!
a
e muitos lugares sem pão,
e em algum lugar,
uma mulher deu à luz,
a uma nova esperança.
Porque a esta hora,
em algum vilarejo,
ou na praça da esquina,
há um menino descalço,
e um velho se acomoda
em algum banco,
nesta mesma praça, para dormir.
E, quem sabe agora,
alguém recuperou sua liberdade!
Porque neste momento,
tenho uma mão amiga,
estendida para mim e,
uns passitos ressoam,
e uns passitos ressoam,
e um riso límpido e cristalino,
ressoa em minha casa,
no quarto ao lado e,
este mesmo sorriso puro,
me desperta,
todas as manhãs...
lembrando-me,
que tenho responsabilidades,
de uma maneira gostosa!
Porque eu escrevo poesia?
Porque amo, sinto,
aspiro e espero.
Porque me sinto viva e,
porque sei que um dia,
um dia aquele por quem espero,
estará ao meu lado!
Porque eu escrevo poesia?
Não, eu não a escrevo,
é ela quem descreve a mim!
a
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Falta-te a loucura, meu querido Poeta!
Simplesmente, me enlouquece
sonhar com seus beijos,
me enfeitiça desejar teu toque,
sentir teu corpo colado ao meu.
E no delírio,
chego a sentir teu perfume...
desejos, alucinantes,
que me fazem refém de teus caprichos.
Paixão que percorre minhas veias,
que invade meu corpo em ondas
de tesão e paixão...porque negar,
que te desejo loucamente?
Que fazes parte de todos meus delírios,
e de meus sonhos.
Sentimento de um fogo intenso,
que me atormenta e me faz sentir,
minhas mãos percorrendo teu corpo,
loucamente,
te materializo em meus sonhos,
sinto tua boca na minha,
tua língua de fogo a percorrer minha pele.
Sou assim,
mesmo que fujas de mim,
mesmo que escapes de minhas mãos.
Sou uma inconseqüente,
que faz de teus beijos e abraços,
o refúgio perfeito.
Sou assim,
sem pensar com razão,
entrego-me a ti e aos
desejos insanos da paixão,
que sinto por ti.
Perco-me no tempo
e surpreendo-me comigo mesma...
sou dos teus sonhos, talvez,
aquele dos mais improváveis,
e talvez aquele, que como eu,
tu mais queres realizar,
mas falta-te a loucura,
meu querido poeta de além mar!
E, te digo,
nossos sonhos só se realizam,
se tivermos a loucura,
que já te disse:
poucos privilegiados a têm,
a loucura dos poetas!
A loucura de viajar,
como dissestes,
nas asas do amor e da paixão...
Falta-te ela,
meu amado poeta de além mar,
então preferes negar,
teus sentimentos.
Sou assim e,
em tua homenagem,
servirei morangos com chantilly!
a
sonhar com seus beijos,
me enfeitiça desejar teu toque,
sentir teu corpo colado ao meu.
E no delírio,
chego a sentir teu perfume...
desejos, alucinantes,
que me fazem refém de teus caprichos.
Paixão que percorre minhas veias,
que invade meu corpo em ondas
de tesão e paixão...porque negar,
que te desejo loucamente?
Que fazes parte de todos meus delírios,
e de meus sonhos.
Sentimento de um fogo intenso,
que me atormenta e me faz sentir,
minhas mãos percorrendo teu corpo,
loucamente,
te materializo em meus sonhos,
sinto tua boca na minha,
tua língua de fogo a percorrer minha pele.
Sou assim,
mesmo que fujas de mim,
mesmo que escapes de minhas mãos.
Sou uma inconseqüente,
que faz de teus beijos e abraços,
o refúgio perfeito.
Sou assim,
sem pensar com razão,
entrego-me a ti e aos
desejos insanos da paixão,
que sinto por ti.
Perco-me no tempo
e surpreendo-me comigo mesma...
sou dos teus sonhos, talvez,
aquele dos mais improváveis,
e talvez aquele, que como eu,
tu mais queres realizar,
mas falta-te a loucura,
meu querido poeta de além mar!
E, te digo,
nossos sonhos só se realizam,
se tivermos a loucura,
que já te disse:
poucos privilegiados a têm,
a loucura dos poetas!
A loucura de viajar,
como dissestes,
nas asas do amor e da paixão...
Falta-te ela,
meu amado poeta de além mar,
então preferes negar,
teus sentimentos.
Sou assim e,
em tua homenagem,
servirei morangos com chantilly!
a
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Saudade de ti, meu poeta!
Saudade da paixão,
saber que nossos beijos loucos
se propagam, corpos incandescentes,
ou estrelas cadentes,
em noite de luar,
onde a inocência,
era apenas,
uma estrela a mais a luzir no céu!
Quando a noite nos transforma,
em loucos apaixonados,
capaz é o dia de esconder,
na hipocrisia,
momentos bem vividos!
Nada pode nos tirar o direito,
de viver este amor
ou todos os amores,
com que a vida nos brindar,
menos ainda o nosso,
que foi aplaudido pelas estrelas!
Nossa vontade, nosso desejo...
deve estar acima de
regras que não são, minhas ou tuas!
Desgosto eu tenho,
de não ter acordado antes,
para estes fatos e,
deixei amores escapulirem,
pelos dedos medrosos,
de segurá-los com força!
Hoje sei que só devo explicações
a minha consciência e,
se ela me diz,
que eu só tenho esta vida e,
acredito que o grande motivo;
de aqui estarmos é sermos felizes,
meu amado poeta de além mar,
e eu, tenhas e guardes esta certeza:
tudo vou fazer para ser feliz!
Tenho saudade do calor,
que invadia meu corpo e,
incendiava meus sentidos.
Tenho saudade do teu olhar,
que me alimentava,
sem nada pedir em troca.
Dos olhos que me aprisionavam
e me faziam refém...
Desejos alucinantes,
dos momentos de loucura,
em que o mundo parecia parar,
e as palavras calavam-se,
pois eram desnecessárias!
E em um simples gesto,
mais de mil respostas apareciam.
Saudade da paixão, daquele tempo
em que nossos perfumes, eram
uma lembrança deixada no corpo.
Saudade,
forte saudade daquele tempo
em que só éramos dois amantes,
sem nada a pensar,
que não fosse o momento,
que não fosse nós dois...
Saudade,
forte saudade do beijo e do mel,
saudade de teus gemidos,
saudade de teu abraço,
saudade de teu olhar carinhoso...
a
saber que nossos beijos loucos
se propagam, corpos incandescentes,
ou estrelas cadentes,
em noite de luar,
onde a inocência,
era apenas,
uma estrela a mais a luzir no céu!
Quando a noite nos transforma,
em loucos apaixonados,
capaz é o dia de esconder,
na hipocrisia,
momentos bem vividos!
Nada pode nos tirar o direito,
de viver este amor
ou todos os amores,
com que a vida nos brindar,
menos ainda o nosso,
que foi aplaudido pelas estrelas!
Nossa vontade, nosso desejo...
deve estar acima de
regras que não são, minhas ou tuas!
Desgosto eu tenho,
de não ter acordado antes,
para estes fatos e,
deixei amores escapulirem,
pelos dedos medrosos,
de segurá-los com força!
Hoje sei que só devo explicações
a minha consciência e,
se ela me diz,
que eu só tenho esta vida e,
acredito que o grande motivo;
de aqui estarmos é sermos felizes,
meu amado poeta de além mar,
e eu, tenhas e guardes esta certeza:
tudo vou fazer para ser feliz!
Tenho saudade do calor,
que invadia meu corpo e,
incendiava meus sentidos.
Tenho saudade do teu olhar,
que me alimentava,
sem nada pedir em troca.
Dos olhos que me aprisionavam
e me faziam refém...
Desejos alucinantes,
dos momentos de loucura,
em que o mundo parecia parar,
e as palavras calavam-se,
pois eram desnecessárias!
E em um simples gesto,
mais de mil respostas apareciam.
Saudade da paixão, daquele tempo
em que nossos perfumes, eram
uma lembrança deixada no corpo.
Saudade,
forte saudade daquele tempo
em que só éramos dois amantes,
sem nada a pensar,
que não fosse o momento,
que não fosse nós dois...
Saudade,
forte saudade do beijo e do mel,
saudade de teus gemidos,
saudade de teu abraço,
saudade de teu olhar carinhoso...
a
sábado, 25 de outubro de 2008
O que é sonho e o que é real, meu poeta?
Esta noite sonhei.
Só pode ter sido sonho!
Sonhei que meus passos,
caminhavam para você e,
de repente eu corria,
já não caminhava,
calmamente.
E sem nada a temer,
nem mesmo a escuridão
da noite, eu te buscava,
entre arbustos de um jardim
imenso e, não o encontrava!
Quando te encontrei e,
o beijo esperado aconteceu...
com um sabor que ainda está
em minha boca, por isso,
questiono se sonhei...
Acordei.
E quando dei por mim,
um desejo imenso de estar
contigo, encheu o meu peito.
Um beijo, no sonho,
que despertou desejos, que
tento apagar em meu corpo,
e em minha mente.
Será que preciso esquecer-te,
meu louco amor de além mar?
Me é doloroso conviver,
com a tua frieza,
quando sou toda emoções.
Meus sonhos,
tem sido inquietos,
procuram aquele beijo,
procuram o teu calor,
procuram o teu abraço,
mas a razão, sempre ela,
me diz para não esperar
por mais do que tenho!
Em meus sentidos,
não consigo apagar a
beleza de estar contigo,
como estive,
mas, em minha razão,
sei que não sou prá ti,
mais do que um poema louco,
que surgiu:
ao olhar para tua fotografia,
ler teus poemas e,
esperar pelos teus gemidos,
loucos,
mas que se propagam,
apenas por um momento,
e que talvez,
o desejo que eu te proporciono,
através das sílabas quentes,
que escorrem de meus poemas,
seja consumado,
nas mais loucas fantasias,
mas em outros braços!
Não nego a beleza
de nossos momentos,
procuro respostas, e sei,
tenho medo de encontrá-las.
Fecho os meus olhos,
e tento apenas sonhar,
mas por apenas um beijo teu,
fico enlouquecida.
E com os olhos mesmo fechados,
meus passos caminham em sua direção,
fuja de meus sonhos, por favor,
ou...traga-me as respostas,
as quais procuro!
Abra meus olhos,
me acorde com teus beijos e,
diz meu amado poeta,
que as coisas,
todas as coisas são diferentes
do que eu penso.
Diz aquilo que meu coração
quer ouvir e,
não o que a realidade
está a me apresentar.
Prove para mim,
que o sonho representa
a realidade e,
que o resto sim,
é pura imaginação.
a
Só pode ter sido sonho!
Sonhei que meus passos,
caminhavam para você e,
de repente eu corria,
já não caminhava,
calmamente.
E sem nada a temer,
nem mesmo a escuridão
da noite, eu te buscava,
entre arbustos de um jardim
imenso e, não o encontrava!
Quando te encontrei e,
o beijo esperado aconteceu...
com um sabor que ainda está
em minha boca, por isso,
questiono se sonhei...
Acordei.
E quando dei por mim,
um desejo imenso de estar
contigo, encheu o meu peito.
Um beijo, no sonho,
que despertou desejos, que
tento apagar em meu corpo,
e em minha mente.
Será que preciso esquecer-te,
meu louco amor de além mar?
Me é doloroso conviver,
com a tua frieza,
quando sou toda emoções.
Meus sonhos,
tem sido inquietos,
procuram aquele beijo,
procuram o teu calor,
procuram o teu abraço,
mas a razão, sempre ela,
me diz para não esperar
por mais do que tenho!
Em meus sentidos,
não consigo apagar a
beleza de estar contigo,
como estive,
mas, em minha razão,
sei que não sou prá ti,
mais do que um poema louco,
que surgiu:
ao olhar para tua fotografia,
ler teus poemas e,
esperar pelos teus gemidos,
loucos,
mas que se propagam,
apenas por um momento,
e que talvez,
o desejo que eu te proporciono,
através das sílabas quentes,
que escorrem de meus poemas,
seja consumado,
nas mais loucas fantasias,
mas em outros braços!
Não nego a beleza
de nossos momentos,
procuro respostas, e sei,
tenho medo de encontrá-las.
Fecho os meus olhos,
e tento apenas sonhar,
mas por apenas um beijo teu,
fico enlouquecida.
E com os olhos mesmo fechados,
meus passos caminham em sua direção,
fuja de meus sonhos, por favor,
ou...traga-me as respostas,
as quais procuro!
Abra meus olhos,
me acorde com teus beijos e,
diz meu amado poeta,
que as coisas,
todas as coisas são diferentes
do que eu penso.
Diz aquilo que meu coração
quer ouvir e,
não o que a realidade
está a me apresentar.
Prove para mim,
que o sonho representa
a realidade e,
que o resto sim,
é pura imaginação.
a
terça-feira, 14 de outubro de 2008
A minha filha!
Um dia terás
tudo o que desejas,
terás alegrias e tristezas,
terás o desafio,
que a vida te apresenta,
pois haverás de lutar,
para merecê-la.
Terás amor,
terás amigos,
terás dor,
e as flores estarão aí,
para que contes com elas.
Terás um céu azul e
um jardim de estrelas,
e um trem que te levará,
passear pela via Láctea,
com passagem de ida e volta!
Terás a cada dia
uma nova experiência,
e cada ano novo,
colocar-te-á a prova;
entre jogos e risos,
dores e brincadeiras,
chegarás a maturidade,
e te será entregue,
um diploma: de quê?
Não sei, filha minha:
- Cabe a ti a escolha!
Terás um sorriso lindo,
que te abrirá mil portas,
e novas esperanças,
suprirão as mortas;
e terá um romance,
e mais tarde,
um companheiro,
que te dará um filho ou filha,
para alegrar tuas horas,
e lhe darás conselhos,
e lhe dirás mil coisas,
como as coisas que eu,
filha minha,
estou te dizendo agora!
(para Naomi, minha filha amada!)
a
tudo o que desejas,
terás alegrias e tristezas,
terás o desafio,
que a vida te apresenta,
pois haverás de lutar,
para merecê-la.
Terás amor,
terás amigos,
terás dor,
e as flores estarão aí,
para que contes com elas.
Terás um céu azul e
um jardim de estrelas,
e um trem que te levará,
passear pela via Láctea,
com passagem de ida e volta!
Terás a cada dia
uma nova experiência,
e cada ano novo,
colocar-te-á a prova;
entre jogos e risos,
dores e brincadeiras,
chegarás a maturidade,
e te será entregue,
um diploma: de quê?
Não sei, filha minha:
- Cabe a ti a escolha!
Terás um sorriso lindo,
que te abrirá mil portas,
e novas esperanças,
suprirão as mortas;
e terá um romance,
e mais tarde,
um companheiro,
que te dará um filho ou filha,
para alegrar tuas horas,
e lhe darás conselhos,
e lhe dirás mil coisas,
como as coisas que eu,
filha minha,
estou te dizendo agora!
(para Naomi, minha filha amada!)
a
Eu sei que haverá um amanhã...
Eu sei que haverá um amanhã,
em que nossos filhos,
os de todos nós,
deixarão de dizer “EU”,
para dizer “NÓS”.
é por isso,
que luto a cada dia,
para quando chegue
minha agonia,
o pouco que fiz, valha muito!
Para que tomem consciência,
todos os que me sucederem,
que depender um do outro,
é a liberdade verdadeira;
eu cortarei tuas amarras,
tu romperás minhas algemas;
e estaremos todos juntos,
fazendo parir a terra.
E, que voltem,
que se atrevam ,
aqueles que um dia,
pisaram com suas botas
sobre nossas cabeças;
que voltem e encontrar-se-ão,
com um exército de poetas,
que acabarão com suas ânsias,
de poder e de riquezas;
sem mais armas que a união;
e a verdade por bandeira,
a caneta contra a espada,
e a razão contra a força!
a
em que nossos filhos,
os de todos nós,
deixarão de dizer “EU”,
para dizer “NÓS”.
é por isso,
que luto a cada dia,
para quando chegue
minha agonia,
o pouco que fiz, valha muito!
Para que tomem consciência,
todos os que me sucederem,
que depender um do outro,
é a liberdade verdadeira;
eu cortarei tuas amarras,
tu romperás minhas algemas;
e estaremos todos juntos,
fazendo parir a terra.
E, que voltem,
que se atrevam ,
aqueles que um dia,
pisaram com suas botas
sobre nossas cabeças;
que voltem e encontrar-se-ão,
com um exército de poetas,
que acabarão com suas ânsias,
de poder e de riquezas;
sem mais armas que a união;
e a verdade por bandeira,
a caneta contra a espada,
e a razão contra a força!
a
sábado, 4 de outubro de 2008
Sem você, não existe amanhecer...
Noite de pensamentos gastos...
Onde estás? Diga-me!
Venha buscar-me
e tirar-me,
dessa noite eterna,
e sem luar ...
Em que as estrelas,
se perdem no céu.
A canção está baixa,
mas meu coração fala alto,
grita pelo seu nome,
denuncia a saudade,
suplica seu amor.
Cada minuto é muito,
muito mais do que um minuto,
é muito tempo sem você!
Devolva-me o brilho
dos meus olhos,
que seu coração roubou-me.
Noite Eterna
eterna Noite...
Sem você aqui,
não existe amanhecer...
a
Onde estás? Diga-me!
Venha buscar-me
e tirar-me,
dessa noite eterna,
e sem luar ...
Em que as estrelas,
se perdem no céu.
A canção está baixa,
mas meu coração fala alto,
grita pelo seu nome,
denuncia a saudade,
suplica seu amor.
Cada minuto é muito,
muito mais do que um minuto,
é muito tempo sem você!
Devolva-me o brilho
dos meus olhos,
que seu coração roubou-me.
Noite Eterna
eterna Noite...
Sem você aqui,
não existe amanhecer...
a
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Dos Direitos e Garantias Individuais.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
P.S.: Pode parecer estranho, eu publicar em meu blog uma parte da Carta Maior de meu País. Mas, como defendo ferrenhamente a Democracia, os direitos de livre manifestação, direito de ir e vir, etc., não poderia deixar de dizer que este texto é o que de mais completo existe, em termos de Preservar Direitos, Deveres e Garantias Individuais. E, LIBERDADE é uma das minhas "bandeiras", senão a principal!
a
sábado, 20 de setembro de 2008
Auto definição
Possessiva e ciumenta, sou de falar tudo o que penso. Viver para mim, é ter paixões arrebatadoras, que tiram o fôlego do peito e os pés do chão, que podem durar para sempre ou "que sejam infinitas enquanto durem", como diria Vinícius de Moraes; mas, sempre que me apaixono tenho a certeza de que encontrei o homem da minha vida (aquele, com quem toda mulher sonha, viver feliz e para sempre!). Insisto em acreditar que posso mudar o mundo e que o principal objetivo de estarmos aqui, é perseguir, perseguir e perseguir a felicidade e que o resto, todo o resto, são conceitos baseados em uma moral hipócrita, que nos foram impostos.
Só ando em cima de um salto alto. Molho os lábios com "gloss" de morango ou menta e uso colônia de lavanda antes de dormir. Meu cartão de crédito não é meu psicólogo. Sinto saudades, como todo mundo e resolvo: com um poema, se for do meu amor; com um telefonema, se for de um familiar ou de um amigo.
Troco sozinha a resistência do chuveiro e resolvo outros problemas desta ordem, em casa. Sei fazer planilhas orçamentárias, checar o extrato da conta corrente e tenho consciência de que isso e nada é a mesma coisa.
Se for de vinho, prefiro tinto seco, ou até um branco seco depende da companhia e do acompanhamento, óbvio.
Para seduzir-me, um bom vinho, uma boa conversa, seja provocante e com beijos incessantes.
Compro briga com tudo que contrarie, aquilo que eu ache ser meu direito ou de outros a quem represento (não entro em brigas que não me dizem respeito), desço do salto: mas nunca perco a elegância ("pero sin perder la ternura", a la Guevara - afinal sou uma mulher e, quando quero, extremamente feminina).
Quando defendo algo ou um ideal, falo tudo o que penso sem dar a mínima se existe no recinto, alguma autoridade presente, sendo ela ou não envolvida no assunto. Até prefiro que seja, pois não sou do tipo que manda recados, pois geralmente chegam distorcidos.
Sou romântica, dinâmica e explosiva (quando alguém mexe com aquilo que acredito: o que costumo chamar de minhas bandeiras) e, só falo com propriedade.
Diante da "burrice" me calo, ainda mais agora, que descobri que existe um antídoto para ela (então, aguardo até que a pessoa o tome).
Eis aqui uma mulher bem resolvida, que acredita que amar sempre vale a pena e que vive qualquer sentimento com toda a intensidade de uma legítima Leonina.
a
P.S: Acho que preciso rever alguns destes conceitos. Esta autodefinição, foi escrita já há algum tempo!
a
O Poder da Burrice
"Duas coisas são infinitas: o universo e a burrice humana. Mas a respeito do universo ainda tenho dúvidas", disse Albert Einstein. Componente inalienável da natureza humana, a burrice é, provavelmente, a força mais perigosa do cosmos.
O que significa burrice? O conceito não tem uma definição teórica indiscutível. Não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras.Uma definição convincente foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano à outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.” A burrice tem a peculiar vocação de se traduzir em ações, e por isso mesmo se torna perigosa. Segundo Cipolla, que identificou cinco “leis fundamentais da burrice” , até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos inerentes à burrice.
O que significa burrice? O conceito não tem uma definição teórica indiscutível. Não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras.Uma definição convincente foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano à outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.” A burrice tem a peculiar vocação de se traduzir em ações, e por isso mesmo se torna perigosa. Segundo Cipolla, que identificou cinco “leis fundamentais da burrice” , até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos inerentes à burrice.
1) Todos nós subavaliamos o número de burros em circulação.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja burra, independe de qualquer outra característica dela (educação e ambiente, por exemplo).
3) Burro é quem causa um prejuízo aos outros sem tirar qualquer vantagem para si mesmo, ou até sofrendo algum prejuízo.
4) As pessoas não-burras sempre subestimam o potencial nocivo dos burros. Em especial os não-burros sempre esquecem que, em qualquer momento ou lugar, trabalhar e/ou associar-se a burros resulta infalivelmente num erro mais caro.
5) O burro é a pessoa mais perigosa que existe.
E ela é mais perigosa que a crueldade: esta, tendo uma lógica compreensível, pode pelo menos ser prevista e enfrentada. Para começar, pensemos naqueles que, em tempos de Aids, mantêm relações sexuais sem proteção ou nos que não usam um antivírus no próprio computador, expondo a si mesmos e aos outros ao contágio de vírus reais ou virtuais. A burrice sempre ofereceu cenas e personagens cômicos, como no conto de Andersen A roupa nova do imperador, no qual dois alfaiates mal-intencionados convencem o rei a vestir uma roupa maravilhosa, invisível para as pessoas burras. Era uma armadilha: ninguém queria admitir a própria burrice nem contradizer o soberano afirmando não ver a roupa (que de fato não existia). Só um menino teve a coragem de dizer que o rei estava nu, revelando a trapaça. Mas, atenção: rir da burrice pode deixá-la “simpática” e, portanto, desvalorizada. Se na ficção o estúpido é facilmente reconhecido, na vida real as coisas são diferentes.A burrice tem três características fundamentais:
E ela é mais perigosa que a crueldade: esta, tendo uma lógica compreensível, pode pelo menos ser prevista e enfrentada. Para começar, pensemos naqueles que, em tempos de Aids, mantêm relações sexuais sem proteção ou nos que não usam um antivírus no próprio computador, expondo a si mesmos e aos outros ao contágio de vírus reais ou virtuais. A burrice sempre ofereceu cenas e personagens cômicos, como no conto de Andersen A roupa nova do imperador, no qual dois alfaiates mal-intencionados convencem o rei a vestir uma roupa maravilhosa, invisível para as pessoas burras. Era uma armadilha: ninguém queria admitir a própria burrice nem contradizer o soberano afirmando não ver a roupa (que de fato não existia). Só um menino teve a coragem de dizer que o rei estava nu, revelando a trapaça. Mas, atenção: rir da burrice pode deixá-la “simpática” e, portanto, desvalorizada. Se na ficção o estúpido é facilmente reconhecido, na vida real as coisas são diferentes.A burrice tem três características fundamentais:
1) Ela é inconsciente e recidiva: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem para dar mais força e eficácia à ação devastadora da burrice. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica fossilizada em suas convicções particulares e não sabe mudar. Por isso, como diz o psicólogo italiano Luigi Anolli, “no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável”. O estúpido é levado a repetir os mesmos comportamentos porque não é capaz de entender o estrago que faz e, portanto, não consegue se corrigir.
2) A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as compõem. Isso explica por que populações inteiras (como aconteceu na Alemanha nazista ou na Itália fascista) podem ser facilmente condicionadas a perseguir objetivos insanos, um fenômeno bastante conhecido na psicologia. “O contágio emotivo próprio do grupo diminui a capacidade crítica”, explica Anolli. “Percebe-se a polarização da tomada de decisão: escolhe-se a solução mais simples, que na maioria das vezes é a menos inteligente.”
3) Além da coletividade, há um outro fator que amplifica a burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Por quê? Quando estão no poder, as pessoas muitas vezes são induzidas a pensar que, justamente por ocuparem aquele posto, são melhores, mais capazes, mais inteligentes e mais sábias que o resto da humanidade. Além disso, estão cercadas de aduladores, seguidores e aproveitadores que reforçam o tempo todo essa ilusão. Dessa forma, quem está no governo chega a cometer as mais graves faltas com a aprovação geral.
Todos temos um fator de burrice maior do que imaginamos. Ele leva cientistas a só considerar um estudo sério quando coincide com seu ponto de vista. Mas o otimismo, mesmo sem base sólida, prolonga a vida, como demonstraram freiras norte-americanas.
Campeões da confusão
O cinema está repleto de heróis estúpidos que armam confusões sem fim, para si e para os outros, resultando em divertidas comédias. Veja, a seguir, algumas das mais famosas:
Todos temos um fator de burrice maior do que imaginamos. Ele leva cientistas a só considerar um estudo sério quando coincide com seu ponto de vista. Mas o otimismo, mesmo sem base sólida, prolonga a vida, como demonstraram freiras norte-americanas.
Campeões da confusão
O cinema está repleto de heróis estúpidos que armam confusões sem fim, para si e para os outros, resultando em divertidas comédias. Veja, a seguir, algumas das mais famosas:
• Laurel e Hardy em Mestres do Baile (1943)
• Peter Sellers em A Pantera Cor-de-Rosa (1963) e Um Convidado bem Trapalhão (1968)
• Steve Martin em O Panaca (1978)
• Jim Carrey em Debi e Lóide (1995)
• Tom Arnold em Os Babacas (1996)
• Mike Myers em Austin Powers (2002)
• Steve Carell em Agente 86 (2008)
O PODER – SEJA ELE político, econômico ou burocrático – aumenta o potencial nocivo de uma pessoa burra. Um exemplo extremo é dado no filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick. Nele, um grupo de estúpidos de grau máximo pensa em detonar uma carga explosiva nuclear que levará ao fim do mundo, por uma simples frivolidade.Por seu lado, o rei Luís 16, no dia 14 de julho de 1789 (a data da Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa), escreveu em seu diário: “Hoje, nada de novo.” O mesmo obtuso e burro senso de invencibilidade fez o general George Custer supervalorizar suas forças e atacar os índios em Montana (EUA), em 1876. Resultado: centenas de soldados do Exército norte-americano foram massacrados pelos índios sioux e cheyennes no riacho Little Big Horn. Ou, ainda, levou Napoleão a atacar a Rússia em pleno inverno de 1812: o Exército francês foi dizimado pelo frio e pela exaustão. Sem contar as previsíveis tragédias das guerras do Vietnã e do Iraque de hoje. Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do que imaginamos. Isso não é, necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada. A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto-chave para anular a burrice está em reconhecer os próprios erros e se corrigir. Como dizia o escritor francês Paul Valéry: “Há um estúpido dentro de mim. Devo tirar partido de seus erros.” Como? Um estudo da Universidade de Exeter (Grã-Bretanha), publicado no Journal of Cognitive Neuroscience, identificou uma área do cérebro – no córtex temporal – que é ativada quando está para se repetir um erro já cometido: um sinal de alarme nos impede de recair na mesma situação. Se na base da burrice existisse uma anomalia localizada, talvez um dia pudéssemos corrigi-la com uma cirurgia. Desde que não caíssemos nas mãos de um cirurgião idiota.
TODOS NÓS ESTAMOS prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais. Fuçando na literatura científica, é possível descobrir que somos um pouco burros, cada qual de um jeito diferente; mas o cérebro funciona de forma a nos esconder essa realidade. E mais: podemos descobrir que, apesar de tudo, é melhor assim. As estatísticas indicam que 50% dos motoristas não sabem dirigir: um tem dificuldade para estacionar, outro circula a 20 km/h, um terceiro ocupa duas faixas como se a rua fosse dele. Mas quem não sabe dirigir não tem consciência disso, ou desistiria, preferindo o transporte público e aumentando, assim, as próprias (e as alheias) possibilidades de sobrevivência. O mesmo exemplo pode ser aplicado às pistas de esqui, ao universo de trabalho, ao campo de futebol e assim por diante. Quem é suficientemente inteligente para reconhecer que não sabe guiar direito? Se formos a um hospital e entrevistarmos os recém retirados das ferragens de um carro, descobrimos que ninguém admite integrar a categoria dos incapazes. Pesquisas mostram que 80% das pessoas internadas por acidente de carro acreditam pertencer à elite dos motoristas com habilidades superiores à média. E a responsabilidade do acidente? A maioria atribui seus erros à falta de sorte ou a algum idiota que cruzou seu caminho.
E TEM MAIS. Imagine-se agora como um verdadeiro fracassado em um determinado setor – por exemplo, na pintura, na natação, em estatística. E tente imaginar ser suficientemente inteligente para admiti- lo. Não se iluda: também aqui seu lado burro será revelado. “Seu cérebro encontrará um obstáculo, atenuando a importância daquele setor”, explica Cordelia Fine, pesquisadora no Centro de Filosofia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne (Austrália). “Aquela carência não o incomodará mais”, prossegue ela, “pois seu cérebro tenderá a considerar o desenho, a natação e a estatística como atividades supérfluas”. Assim, é melhor nos contentarmos em admitir que nossas fraquezas são comuns o bastante para fazer parte da falibilidade humana, enquanto nossos pontos fortes são raros e especiais.Há uma explicação para esse comportamento? “A falência é a principal inimiga do nosso ego e da nossa auto-estima. É por isso que o cérebro, um grande vaidoso, faz o máximo para bloquear o caminho a essa hóspede indesejada”, acrescenta a pesquisadora.Isso não é uma grande novidade, visto que no frontão do templo de Delfos, na Grécia, estava escrito: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” Mas o autoconhecimento não é tão fácil: a idéia de quem somos varia de acordo com as necessidades. Em 1989, Rasyid Sanitioso e Ziva Kunda, na época psicólogos na Universidade de Princeton (EUA), mostraram a alguns jovens pesquisadores falsos estudos que documentavam um maior sucesso das pessoas extrovertidas. A outros deram pesquisas que premiavam os introvertidos. Pois bem: os estudantes se identificavam com qualquer dos traços de personalidade apresentados como passaporte para o sucesso...
VÁRIAS ESCOLHAS absurdas são feitas de maneira burra, sem uma avaliação dos prós e contras, dados e estatísticas reais. Casar-se, por exemplo, é uma decisão que implica um vínculo para toda a vida. Quem, cruzando as portas da igreja ou do cartório, tem a perfeita consciência de que, segundo as estatísticas, o casamento tem 50% de chance de dar errado? No momento do “sim”, só sabem disso os pais dos noivos, os avós, os amigos, parentes e até mesmo o padre e o juiz. Os interessados diretos demonstram uma obstinação cega, perfeitamente convencidos de que sua união será uma exceção a todas as regras. Até porque, se não estivessem seguros, a continuidade da raça humana dependeria da péssima eficácia dos contraceptivos e o Homo sapiens poderia já estar extinto.E a capacidade de admitir nossos erros de avaliação? Quase inexistente: estamos atados a nossas convicções como se elas fossem coletes salva-vidas. O que pedimos ao mundo não são novos desafios a nossas ideologias políticas e sociais. Preferimos amigos, livros e jornais que compartilham e confirmam nossos iluminados valores. Mas, cercando-nos de pessoas oportunistas, reduzimos a chance de que nossas opiniões sejam questionadas.Também nos vários setores da pesquisa, a burrice se apresenta pontualmente: os envolvidos tendem a considerar um estudo sério e convincente quando os resultados coincidem com seu ponto de vista; ou julgam no ultrapassado e cheio de defeitos quando vão de encontro a suas expectativas. Esse fator explica por que muitas vezes é inútil tentar demover um obstinado de manter idéias claramente erradas.Todas as vezes que nosso cérebro pensa no futuro, tende a produzir previsões otimistas. Por exemplo: estamos sempre certos de que nosso time do coração vai ganhar o jogo, embora haja outra possibilidade. As previsões “autocelebrativas” também acontecem nas bancas de apostas, nos cassinos e nas loterias, nas quais as pessoas desperdiçam dinheiro porque a capacidade de julgamento fica dominada pelo desejo de vencer. Qual é a razão desse estúpido otimismo do cérebro? Ele nos protege contra as verdades desconfortáveis.HÁ PESSOAS QUE chegam incrivelmente perto da verdade sobre si mesmas e a respeito do mundo. Elas têm uma percepção equilibrada, são imparciais quando se trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro. Testemunhas vivas do quanto é arriscado conhecer a si mesmas, elas são, para muitos psicólogos, pessoas clinicamente depressivas. Martin Seligman, docente de psicologia na Universidade da Pensilvânia (EUA), demonstrou que o chamado “estilo explicativo” pessimista é comum entre os deprimidos: quando fracassam, assumem toda a culpa, consideram-se burros, péssimos em tudo e se convencem de que essa situação vai durar para sempre. E quais são os resultados de tanta (às vezes excessiva) honestidade intelectual? Deborah Danner, pesquisadora da Universidade de Kentucky (EUA), examinou os efeitos da longevidade em 180 noviças norte-americanas, otimistas e pessimistas. Quanto mais otimistas se mostravam às religiosas, mais tempo viviam. As mais joviais viveram em média uma década além das pessimistas. É claro que ser realistas e ao mesmo tempo serenos e otimistas seria o ideal; mas não há dúvida de que às vezes um pouco de burrice faz bem.
O PODER – SEJA ELE político, econômico ou burocrático – aumenta o potencial nocivo de uma pessoa burra. Um exemplo extremo é dado no filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick. Nele, um grupo de estúpidos de grau máximo pensa em detonar uma carga explosiva nuclear que levará ao fim do mundo, por uma simples frivolidade.Por seu lado, o rei Luís 16, no dia 14 de julho de 1789 (a data da Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa), escreveu em seu diário: “Hoje, nada de novo.” O mesmo obtuso e burro senso de invencibilidade fez o general George Custer supervalorizar suas forças e atacar os índios em Montana (EUA), em 1876. Resultado: centenas de soldados do Exército norte-americano foram massacrados pelos índios sioux e cheyennes no riacho Little Big Horn. Ou, ainda, levou Napoleão a atacar a Rússia em pleno inverno de 1812: o Exército francês foi dizimado pelo frio e pela exaustão. Sem contar as previsíveis tragédias das guerras do Vietnã e do Iraque de hoje. Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do que imaginamos. Isso não é, necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada. A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto-chave para anular a burrice está em reconhecer os próprios erros e se corrigir. Como dizia o escritor francês Paul Valéry: “Há um estúpido dentro de mim. Devo tirar partido de seus erros.” Como? Um estudo da Universidade de Exeter (Grã-Bretanha), publicado no Journal of Cognitive Neuroscience, identificou uma área do cérebro – no córtex temporal – que é ativada quando está para se repetir um erro já cometido: um sinal de alarme nos impede de recair na mesma situação. Se na base da burrice existisse uma anomalia localizada, talvez um dia pudéssemos corrigi-la com uma cirurgia. Desde que não caíssemos nas mãos de um cirurgião idiota.
TODOS NÓS ESTAMOS prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais. Fuçando na literatura científica, é possível descobrir que somos um pouco burros, cada qual de um jeito diferente; mas o cérebro funciona de forma a nos esconder essa realidade. E mais: podemos descobrir que, apesar de tudo, é melhor assim. As estatísticas indicam que 50% dos motoristas não sabem dirigir: um tem dificuldade para estacionar, outro circula a 20 km/h, um terceiro ocupa duas faixas como se a rua fosse dele. Mas quem não sabe dirigir não tem consciência disso, ou desistiria, preferindo o transporte público e aumentando, assim, as próprias (e as alheias) possibilidades de sobrevivência. O mesmo exemplo pode ser aplicado às pistas de esqui, ao universo de trabalho, ao campo de futebol e assim por diante. Quem é suficientemente inteligente para reconhecer que não sabe guiar direito? Se formos a um hospital e entrevistarmos os recém retirados das ferragens de um carro, descobrimos que ninguém admite integrar a categoria dos incapazes. Pesquisas mostram que 80% das pessoas internadas por acidente de carro acreditam pertencer à elite dos motoristas com habilidades superiores à média. E a responsabilidade do acidente? A maioria atribui seus erros à falta de sorte ou a algum idiota que cruzou seu caminho.
E TEM MAIS. Imagine-se agora como um verdadeiro fracassado em um determinado setor – por exemplo, na pintura, na natação, em estatística. E tente imaginar ser suficientemente inteligente para admiti- lo. Não se iluda: também aqui seu lado burro será revelado. “Seu cérebro encontrará um obstáculo, atenuando a importância daquele setor”, explica Cordelia Fine, pesquisadora no Centro de Filosofia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne (Austrália). “Aquela carência não o incomodará mais”, prossegue ela, “pois seu cérebro tenderá a considerar o desenho, a natação e a estatística como atividades supérfluas”. Assim, é melhor nos contentarmos em admitir que nossas fraquezas são comuns o bastante para fazer parte da falibilidade humana, enquanto nossos pontos fortes são raros e especiais.Há uma explicação para esse comportamento? “A falência é a principal inimiga do nosso ego e da nossa auto-estima. É por isso que o cérebro, um grande vaidoso, faz o máximo para bloquear o caminho a essa hóspede indesejada”, acrescenta a pesquisadora.Isso não é uma grande novidade, visto que no frontão do templo de Delfos, na Grécia, estava escrito: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” Mas o autoconhecimento não é tão fácil: a idéia de quem somos varia de acordo com as necessidades. Em 1989, Rasyid Sanitioso e Ziva Kunda, na época psicólogos na Universidade de Princeton (EUA), mostraram a alguns jovens pesquisadores falsos estudos que documentavam um maior sucesso das pessoas extrovertidas. A outros deram pesquisas que premiavam os introvertidos. Pois bem: os estudantes se identificavam com qualquer dos traços de personalidade apresentados como passaporte para o sucesso...
VÁRIAS ESCOLHAS absurdas são feitas de maneira burra, sem uma avaliação dos prós e contras, dados e estatísticas reais. Casar-se, por exemplo, é uma decisão que implica um vínculo para toda a vida. Quem, cruzando as portas da igreja ou do cartório, tem a perfeita consciência de que, segundo as estatísticas, o casamento tem 50% de chance de dar errado? No momento do “sim”, só sabem disso os pais dos noivos, os avós, os amigos, parentes e até mesmo o padre e o juiz. Os interessados diretos demonstram uma obstinação cega, perfeitamente convencidos de que sua união será uma exceção a todas as regras. Até porque, se não estivessem seguros, a continuidade da raça humana dependeria da péssima eficácia dos contraceptivos e o Homo sapiens poderia já estar extinto.E a capacidade de admitir nossos erros de avaliação? Quase inexistente: estamos atados a nossas convicções como se elas fossem coletes salva-vidas. O que pedimos ao mundo não são novos desafios a nossas ideologias políticas e sociais. Preferimos amigos, livros e jornais que compartilham e confirmam nossos iluminados valores. Mas, cercando-nos de pessoas oportunistas, reduzimos a chance de que nossas opiniões sejam questionadas.Também nos vários setores da pesquisa, a burrice se apresenta pontualmente: os envolvidos tendem a considerar um estudo sério e convincente quando os resultados coincidem com seu ponto de vista; ou julgam no ultrapassado e cheio de defeitos quando vão de encontro a suas expectativas. Esse fator explica por que muitas vezes é inútil tentar demover um obstinado de manter idéias claramente erradas.Todas as vezes que nosso cérebro pensa no futuro, tende a produzir previsões otimistas. Por exemplo: estamos sempre certos de que nosso time do coração vai ganhar o jogo, embora haja outra possibilidade. As previsões “autocelebrativas” também acontecem nas bancas de apostas, nos cassinos e nas loterias, nas quais as pessoas desperdiçam dinheiro porque a capacidade de julgamento fica dominada pelo desejo de vencer. Qual é a razão desse estúpido otimismo do cérebro? Ele nos protege contra as verdades desconfortáveis.HÁ PESSOAS QUE chegam incrivelmente perto da verdade sobre si mesmas e a respeito do mundo. Elas têm uma percepção equilibrada, são imparciais quando se trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro. Testemunhas vivas do quanto é arriscado conhecer a si mesmas, elas são, para muitos psicólogos, pessoas clinicamente depressivas. Martin Seligman, docente de psicologia na Universidade da Pensilvânia (EUA), demonstrou que o chamado “estilo explicativo” pessimista é comum entre os deprimidos: quando fracassam, assumem toda a culpa, consideram-se burros, péssimos em tudo e se convencem de que essa situação vai durar para sempre. E quais são os resultados de tanta (às vezes excessiva) honestidade intelectual? Deborah Danner, pesquisadora da Universidade de Kentucky (EUA), examinou os efeitos da longevidade em 180 noviças norte-americanas, otimistas e pessimistas. Quanto mais otimistas se mostravam às religiosas, mais tempo viviam. As mais joviais viveram em média uma década além das pessimistas. É claro que ser realistas e ao mesmo tempo serenos e otimistas seria o ideal; mas não há dúvida de que às vezes um pouco de burrice faz bem.
Equipe Planeta
Este artigo foi retirado da Revista Planeta edição 432-setembro de 2008
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