segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Existir é diferente de viver, meu poeta!

E neste dia,
foi-se minha vida,
e tudo o que de mais quente,
nela havia,
ardia e crescia.
A mudez de alguns cigarros,
e eu odeio cigarros;
restaram como alternativa,
para uma mulher que,
a partir de agora:
- vai caminhar do que pisar;
- vai chorar do que lembrar;
- vai mais dormir do que sonhar;
- vai olhar do que viver,
existir é diferente de viver, meu poeta!

E neste dia,
não houve dia,
não houve sol,
nem vontade.
Acabaram-se os sons e,
só houve o cansaço.

As ondas do mar,
vão até um pedaço de praia e,
retornam ao fundo do mar.
Eu alcancei um ponto da paixão,
mas diferente das ondas,
não retorno,
não apago a vida, nem me diluo no ar!

E neste dia,
morreu um pássaro,
também todos os jardins,
também todos os homens e,
as auroras,
também todas as poesias e,
o passado!
Fotografias!
Também mil anos,
também o fogo,
a paz e a voz dos humanos,
que nunca,
me auxiliaram em nada!
a

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