Como eu queria
ligar-te hoje,
para desejar-te:
um Feliz Dia dos Pais!
Fazem cinco anos,
que esta data para mim,
perdeu o sentido e,
penso em quantas vezes,
não disse o quanto te amava,
o quanto te admirava,
o quanto eras importante para mim!
Penso,
em quanto tempo levei,
para aceitar
tua ausência...
Para assimilar
que já não era a criança,
que corria para teu abraço quando:
- "as coisas davam errado";
- quando sentia solidão;
- quando perdia o chão...
E, na tua simplicidade,
entendias tudo isso,
sem que nenhuma palavra fosse dita!
Fostes um sábio,
quando no silêncio, muitas vezes,
me dava o melhor conselho!
Foste o Pai,
no sentido mais pleno,
que alguém poderia ter!
Senti o momento da tua partida,
mesmo estando longe,
mas não a aceitei...
Não derramei uma lágrima,
na despedida derradeira;
pois se eu chorasse,
estaria admitindo a perda...
e eu não queria nenhuma despedida!
Revoltei-me!
Queria-te eterno,
afinal, eras meu Pai!
Queria ter vivido mais tempo,
contando com tua presença,
com teu alento,
com a palavra silenciosa,
que respeitava a dor,
com teu jeito puro,
que amava muito,
sem pedir em troca!
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro eles alçam vôo como de um alçapão, eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... (Mário Quintana)
domingo, 9 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Nossos Velhos.
Pais heróis e mães heroínas do lar. Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos.Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça. A heroína do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá de implicar com a empregada.
O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra? Envelheceram.... Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso.Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.
Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu.
Estão com manchas na pele.
Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.É complicado aceitar que nossos heróis e heroínas já não estão no controle da situação.
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.
Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados e alguns chegam a gritar se eles se atrapalham com o celular ou outro equipamento e ainda não temos paciência para ouvir pela milésima vez a mesma história que contam como se acabassem de tê-la vivido.
Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.
Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.
Com todas as nossas irritações, só provocamos mais tristeza àqueles que um dia só procuraram nos dar alegrias.Por que não conseguimos ser um pouco do que eles foram para nós? Quantas noites estes heróis e heroínas passaram ao lado de nossa cama, medicando, cuidando e medindo febres!!
E nós ficamos irritados quando eles esquecem de tomar seus remédios, e ao brigar com eles, os deixamos chorando, tal qual crianças que fomos um dia. É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.
Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros...
Ainda mais quando os outros são nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar e sabíamos que estariam com seus braços abertos, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco possamos lembrar deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa.
Afinal, nossos heróis de ontem...serão nossos heróis eternamente ...
O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra? Envelheceram.... Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso.Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.
Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu.
Estão com manchas na pele.
Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.É complicado aceitar que nossos heróis e heroínas já não estão no controle da situação.
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.
Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados e alguns chegam a gritar se eles se atrapalham com o celular ou outro equipamento e ainda não temos paciência para ouvir pela milésima vez a mesma história que contam como se acabassem de tê-la vivido.
Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.
Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.
Com todas as nossas irritações, só provocamos mais tristeza àqueles que um dia só procuraram nos dar alegrias.Por que não conseguimos ser um pouco do que eles foram para nós? Quantas noites estes heróis e heroínas passaram ao lado de nossa cama, medicando, cuidando e medindo febres!!
E nós ficamos irritados quando eles esquecem de tomar seus remédios, e ao brigar com eles, os deixamos chorando, tal qual crianças que fomos um dia. É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.
Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros...
Ainda mais quando os outros são nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar e sabíamos que estariam com seus braços abertos, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco possamos lembrar deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa.
Afinal, nossos heróis de ontem...serão nossos heróis eternamente ...
Este texto é de Martha Medeiros, e considero uma bela homenagem ao "Dia dos Pais", pois sabemos que temos muitas mães (que acumulam os papéis - são Pães). Com meu abraço aos homens e mulheres que cumprem com seu papel em todos os dias do ano e não somente no "Dia dos Pais e das Mães".
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sinto vergonha de mim!
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
O poema de Rui Barbosa, acima transcrito, é de uma impressionante atualidade.
Poderia ter sido escrito hoje sem mudar uma palavra...
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
O poema de Rui Barbosa, acima transcrito, é de uma impressionante atualidade.
Poderia ter sido escrito hoje sem mudar uma palavra...
terça-feira, 14 de julho de 2009
Sinto-te, aqui!
Quando venho aqui,
sinto tua presença...
sinto meus delírios,
misturando-se aos teus!
Percebo, que buscas,
as sílabas quentes,
de paixão,
de amor,
de saudade,
de vontade,
de nós dois...
Sinto-te, aqui!
Percebo teu movimento,
quando viras estas páginas,
em busca do calor,
da paixão,
do amor,
da saudade,
da vontade,
de nós dois...
Apenas sinto-te,
aqui, meu amado!
sinto tua presença...
sinto meus delírios,
misturando-se aos teus!
Percebo, que buscas,
as sílabas quentes,
de paixão,
de amor,
de saudade,
de vontade,
de nós dois...
Sinto-te, aqui!
Percebo teu movimento,
quando viras estas páginas,
em busca do calor,
da paixão,
do amor,
da saudade,
da vontade,
de nós dois...
Apenas sinto-te,
aqui, meu amado!
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Será que Lula tem, realmente, 70% de aprovação?
Caros frequentadores de meu blog,
Sempre questionei-me sobre resultados de pesquisas, principalmente quando referem-se a assuntos políticos. Nós, do Rio Grande do Sul, sabemos muito bem, que elegemos um Governador só pelo fato, de em uma semana, ele dobrar seu índice de aprovação "na pesquisa" (pois este resultado, questionável, só ocorreu em um Instituto).
Por gentileza, responda:
- alguma vez você foi questionado, em alguma pesquisa, sobre a popularidade do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ?
- se ele faz um bom ou mau governo ?
- se concordamos com sua política assistencialista?
- se concordamos com sua política econômica, que favorece somente aos Bancos e aos grandes empresários?
Bem, eu não fui ! E você, também não acha estranho, que o resultado de tais pesquisas, apontem seu Governo com uma aprovação superior à 70% ? Pois bem, tem mais gente além de mim, com certeza, que duvida desses números. Tanto que, o jornal "O Estadão" lançou uma enquete para comprovar se o que foi divulgado pelos Institutos de Pesquisa têm ou não razão.
Então, faça a sua parte, VOTE e divulgue:
Então, faça a sua parte, VOTE e divulgue:
Venho aqui, para explicar que esta postagem não tem nenhuma finalidade política - não faço política partidária - de minha parte e sim científico (afinal, sou matemática). Já fui questionada por todas as frentes do PT (ou quase todas, pois já não sei quantas têm) e, na realidade não foi com esta intenção. Mas também, se pensarem que foi "não estou nem aí"; não sou deste mundo e ainda não dependo de nenhum Partido Político para nada, pois tenho ideologia própria. Até porque, se eu for pensar em termos partidários, jamais vou entender o que se passa nos últimos anos, neste País. As coligações para eleger este ou aquele candidato, não têm coerência alguma. E, outra coisa, Lula há muito representa ele próprio e não este ou aquele partido político. A única polêmica que existe em minha postagem, deveria incomodar aos Institutos de Pesquisa, que usam não sei qual metodologia. Eu vejo, como uma metodologia de formar a opinião conveniente e tendenciosa como a maior parte da mídia do País, quando o assunto é política. E, tenho dito!
aa
sábado, 13 de junho de 2009
O amor é Matemático!
Sentada na escuridão,
apenas assisto:
minha roupa suja,
desfila na avenida,
no vendaval de abril.
Os fatos se sucedem,
é a roda da vida:
lembro do amor,
que nasceu do olhar,
do desejo de tocar,
do sentir a poesia,
da troca de versos,
incandescentes,
ardentes,
nem tanto simétricos...
Mas como sempre,
tentavas convencer-me,
que o amor, não sofria
a influência reta e
métrica da minha Matemática!
Muitas vezes,
vencemos as milhas que nos separam e,
juntos bebemos na mesma taça...
Sei que,
não foi o encontro da matéria,
mas real pelo sabor do beijo,
do toque,...
Prova-me isto,
que a Metafísica em muito,
supera a Matemática,
mas o amor é Matemático!
Pena meu amado,
que sabias tanto matemática,
quanto eu e,
os poemas ardentes,
perderam-se na profunda e abissal,
escuridão do teu olhar...
apenas assisto:
minha roupa suja,
desfila na avenida,
no vendaval de abril.
Os fatos se sucedem,
é a roda da vida:
lembro do amor,
que nasceu do olhar,
do desejo de tocar,
do sentir a poesia,
da troca de versos,
incandescentes,
ardentes,
nem tanto simétricos...
Mas como sempre,
tentavas convencer-me,
que o amor, não sofria
a influência reta e
métrica da minha Matemática!
Muitas vezes,
vencemos as milhas que nos separam e,
juntos bebemos na mesma taça...
Sei que,
não foi o encontro da matéria,
mas real pelo sabor do beijo,
do toque,...
Prova-me isto,
que a Metafísica em muito,
supera a Matemática,
mas o amor é Matemático!
Pena meu amado,
que sabias tanto matemática,
quanto eu e,
os poemas ardentes,
perderam-se na profunda e abissal,
escuridão do teu olhar...
domingo, 24 de maio de 2009
De novo, a inteligência!
Quem é mais inteligente?
Estudos mostram que as mulheres têm capacidade intelectual maior do que a dos homens. Saiba quais são as habilidades delas e as deles
Durante décadas, o raciocínio lógico, medido pelos testes de QI, era a grande prova de inteligência. Neles, os homens sempre se saíram melhor do que as mulheres. Eles têm em média cinco pontos a mais no QI e na faixa dos 155 pontos - a dos gênios - há 5,5 representantes do sexo masculino para cada um do feminino.
Nos últimos anos, quando o conceito de inteligência começou a mudar e outras características como interação social, percepção do outro e capacidade de questionamento e argumentação passaram a ser valorizadas na sociedade, um novo olhar foi lançado sobre as aptidões e as habilidades femininas. Mas a dúvida persiste: quem é mais inteligente, o homem ou a mulher?
Uma pesquisa do professor José Abrantes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que será publicada em livro em julho, conseguiu mensurar o desempenho de homens e mulheres nos 12 tipos de inteligência propostos por Howard Gardner, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos (leia quadro à pág. 74), psicólogo que revolucionou esta área de estudo.
Depois de analisar 137 mil notas de 22 mil alunos do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), no Rio de Janeiro, ele concluiu: as mulheres são superiores em nove das 12 possibilidades de inteligência e, de acordo com a metodologia de sua pesquisa, 3% mais inteligentes porque obtiveram notas 3% superiores às dos homens. Outras constatações:
Nos últimos anos, quando o conceito de inteligência começou a mudar e outras características como interação social, percepção do outro e capacidade de questionamento e argumentação passaram a ser valorizadas na sociedade, um novo olhar foi lançado sobre as aptidões e as habilidades femininas. Mas a dúvida persiste: quem é mais inteligente, o homem ou a mulher?
Uma pesquisa do professor José Abrantes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que será publicada em livro em julho, conseguiu mensurar o desempenho de homens e mulheres nos 12 tipos de inteligência propostos por Howard Gardner, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos (leia quadro à pág. 74), psicólogo que revolucionou esta área de estudo.
Depois de analisar 137 mil notas de 22 mil alunos do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), no Rio de Janeiro, ele concluiu: as mulheres são superiores em nove das 12 possibilidades de inteligência e, de acordo com a metodologia de sua pesquisa, 3% mais inteligentes porque obtiveram notas 3% superiores às dos homens. Outras constatações:
Entre as mulheres, há menor variação entre a maior e a menor nota. Isso acontece porque elas têm interesse em assuntos variados. O grupo feminino se destaca em física e química experimental. O masculino é melhor em física e química teórica, o que confirma nelas a visão periférica superior e a habilidade manual.
Em anatomia, os homens apresentaram médias mais altas, o que pode ser explicado pela melhor visão espacial deles. Nas disciplinas dança educacional e ginástica, que estão relacionadas à expressão corporal, as mulheres foram superiores. Os homens se sobressaem na destreza da articulação dos movimentos para atingir um objetivo, como é necessário no futebol, além da força física.
Em anatomia, os homens apresentaram médias mais altas, o que pode ser explicado pela melhor visão espacial deles. Nas disciplinas dança educacional e ginástica, que estão relacionadas à expressão corporal, as mulheres foram superiores. Os homens se sobressaem na destreza da articulação dos movimentos para atingir um objetivo, como é necessário no futebol, além da força física.
Na matemática, elas têm mais facilidade para aplicar fórmulas em cálculos, mas eles dominam o raciocínio, ou seja, têm melhor compreensão do processo lógico. Para verificar o nível de inteligência dos alunos através das notas, Abrantes relacionou cada disciplina às 12 possibilidades propostas por Gardner.
As matérias de humanas, por exemplo, são associadas às inteligências linguísticas e pessoais; as de exatas, às habilidades lógico-matemática e espacial; os cursos das áreas de artes são distribuídos pelas inteligências musicais, pictóricas e cinestésicas - esta última para os cursos de educação física e dança. O cruzamento de dados considerou um número proporcional de homens e mulheres para cada curso analisado.
As matérias de humanas, por exemplo, são associadas às inteligências linguísticas e pessoais; as de exatas, às habilidades lógico-matemática e espacial; os cursos das áreas de artes são distribuídos pelas inteligências musicais, pictóricas e cinestésicas - esta última para os cursos de educação física e dança. O cruzamento de dados considerou um número proporcional de homens e mulheres para cada curso analisado.
Um outro estudo realizado pela bióloga Marta Relvas, da Sociedade Brasileira de Neurociência, com 40 alunos do ensino fundamental, comprova as habilidades múltiplas do sexo feminino. O resultado foi publicado no livro Neurociência e educação. Potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula, lançado em março. A pesquisa revela que elas se sobressaem em testes de percepção, memória e coordenação motora, enquanto eles se dão melhor na relação com objetos tridimensionais, pontaria e no raciocínio matemático.
Isadora Labrada, 17 anos, e Sílvio Barbosa, 16, estudantes do terceiro ano do ensino médio, são exemplos das diferentes habilidades entre homens e mulheres. Ela se destaca pela organização e bom desempenho em todas as matérias. Ele, pelas notas em química, física e matemática. "Sempre tive responsabilidade com os estudos e me interesso por assuntos variados", afirma Isadora, uma das melhores do Colégio Santa Maria, de São Paulo, que após as aulas ainda estuda flauta.
Aluno de outra escola paulista, o Colégio Santo Américo, Sílvio coleciona medalhas em olimpíadas de ciências naturais. "Não gosto das humanas porque não é possível prever os resultados", afirma. "Nas exatas, o raciocínio é lógico."
Para o professor Abrantes, a explicação é socioantropológica e remonta aos tempos das cavernas. "As mulheres eram obrigadas a desenvolver inteligências mais humanas", afirma. "Enquanto eles saíam para caçar, elas cuidavam dos filhos, da comida e conversavam entre si, desenvolvendo a linguagem." Estudo da Universidade de Londres, publicado no ano passado, confirma que as mulheres são superiores no uso da inteligência emocional e da comunicação. Elas apresentam um vocabulário mais amplo desde os primeiros anos de vida e utilizam construções linguísticas mais complexas. "As mulheres são melhores em tarefas múltiplas", afirma o neurologista Roger Gorski, autor do estudo.
Isadora Labrada, 17 anos, e Sílvio Barbosa, 16, estudantes do terceiro ano do ensino médio, são exemplos das diferentes habilidades entre homens e mulheres. Ela se destaca pela organização e bom desempenho em todas as matérias. Ele, pelas notas em química, física e matemática. "Sempre tive responsabilidade com os estudos e me interesso por assuntos variados", afirma Isadora, uma das melhores do Colégio Santa Maria, de São Paulo, que após as aulas ainda estuda flauta.
Aluno de outra escola paulista, o Colégio Santo Américo, Sílvio coleciona medalhas em olimpíadas de ciências naturais. "Não gosto das humanas porque não é possível prever os resultados", afirma. "Nas exatas, o raciocínio é lógico."
Para o professor Abrantes, a explicação é socioantropológica e remonta aos tempos das cavernas. "As mulheres eram obrigadas a desenvolver inteligências mais humanas", afirma. "Enquanto eles saíam para caçar, elas cuidavam dos filhos, da comida e conversavam entre si, desenvolvendo a linguagem." Estudo da Universidade de Londres, publicado no ano passado, confirma que as mulheres são superiores no uso da inteligência emocional e da comunicação. Elas apresentam um vocabulário mais amplo desde os primeiros anos de vida e utilizam construções linguísticas mais complexas. "As mulheres são melhores em tarefas múltiplas", afirma o neurologista Roger Gorski, autor do estudo.
A multiplicidade de interesses aproxima as mulheres da mais antiga fonte de conhecimento: a filosofia. Refletir sobre o mundo e o homem, ter curiosidade de compreender e questionar os valores sempre fizeram parte do universo de Tessa Lacerda, 34 anos, professora de filosofia moderna da Universidade de São Paulo (USP), amante da literatura e artes plásticas desde muito jovem.
No colégio, os questionamentos que se apresentavam em textos poéticos a direcionaram para este ramo do conhecimento. Segundo Tessa, entre familiares, ela é conhecida como a pessoa que faz todas as perguntas - e nunca apresenta soluções. Diante de situações triviais, ela assume suas dificuldades, como se localizar no trânsito, habilidade típica dos homens. "Há coisas incompreensíveis para mim, como ruas paralelas", afirma.
No colégio, os questionamentos que se apresentavam em textos poéticos a direcionaram para este ramo do conhecimento. Segundo Tessa, entre familiares, ela é conhecida como a pessoa que faz todas as perguntas - e nunca apresenta soluções. Diante de situações triviais, ela assume suas dificuldades, como se localizar no trânsito, habilidade típica dos homens. "Há coisas incompreensíveis para mim, como ruas paralelas", afirma.
Os padrões evolutivos garantiram mutações na constituição genética. No livro Sex differences in cognitive abilities (As diferenças sexuais nas habilidades cognitivas), a psicóloga Diane Halpern, da Associação de Psicologia Americana, defende a superioridade das mulheres, argumentando que muitos dos genes relacionados às atividades cerebrais estão localizados no cromossomo X - os quais elas têm duas cópias, e eles apenas uma.
É justamente no cromossomo X que está a grande diferença no DNA dos gêmeos Camila e Roberto Rodrigues, 26 anos, que foram criados da mesma forma e receberam estímulos semelhantes desde a infância. Ela tem a inteligência intrapessoal mais desenvolvida. A arquiteta Camila conta que, quando sofre um revés, reage de pronto. O irmão, por sua vez, demora para maturar uma atitude positiva em relação ao futuro. "Ele é mais indeciso, mais pessimista nessas horas e só pega no tranco", diz ela.
A arquiteta é capaz de passar horas ouvindo e aconselhando amigas, características da inteligência interpessoal. Já Roberto, professor de educação física, diz não ter paciência. "A Camila é extrovertida e faz amizade rapidamente.
Eu sou retraído e não tenho paciência para dar conselhos", afirma ele. "As mulheres são mais atentas às pessoas, os homens às coisas", explica o psicólogo evolucionista David Geary, que pesquisa a evolução das diferenças entre os sexos. Segundo ele, a partir dos seis meses, as meninas percebem sinais de aflição nos outros, identificam sons variados, gestos e sinais de perigo. Os meninos são mais indiferentes às pessoas, com atenção para objetos luminosos e de formas inusitadas.
No livro The essencial difference (A diferença essencial), o psiquiatra Simon Baron-Cohen afirma que o cérebro feminino desenvolveu maior habilidade para a empatia do que o masculino. As mulheres têm uma capacidade mais aguçada para identificar as emoções e sentimentos dos outros, prever ações e responder a elas com a emoção apropriada. Nelas, os circuitos ligados à audição e à linguagem têm 11% mais neurônios do que nos homens. A estrutura relacionada à emoção e à formação da memória também é maior.
Estudos recentes sugerem que a inteligência está relacionada à trajetória da informação pelo cérebro. Os neurocientistas Richard Haier, da Universidade da Califórnia, e Rex Jung, da Universidade do Novo México, revelam que algumas das áreas do cérebro relativas à inteligência são as mesmas da atenção, da memória e das funções da linguagem - zonas mais desenvolvidas nas mulheres.
A capacidade de executar com facilidade tarefas variadas ocorre porque o cérebro da mulher é 10% menor do que o dos homens. O espaço comprimido favorece um número maior de sinapses - 30% a mais do que eles. Elas também detêm um equipamento sensorial mais desenvolvido e uma habilidade maior para captar sinais não verbais. Além disso, as conexões cerebrais das mulheres ocorrem entre os dois hemisférios.
Após análise de 137 mil provas de 22 mil universitários do Rio de Janeiro, a média das notas das mulheres foi 3%superior à dos homens
Nos homens, a atividade é mais intensa no lado esquerdo. "O cérebro deles é mais focado e adaptado para realizar uma tarefa de cada vez", afirma o neurologista Roger Gorski.
A estrutura da inteligência entre homens e mulheres não é rígida. Sofre alterações com as influências do meio, dos estímulos externos e da constituição cerebral do próprio indivíduo, que pode ter o tipo cerebral do sexo oposto. No livro Como as mulheres pensam, a neuropsiquiatra Louann Brizendine afirma que cerca de 20% dos homens têm cérebros estruturados de modo feminino e 10% delas têm cérebros masculinizados.
Quando se fala na superioridade da inteligência das mulheres, não é raro que os homens questionem a representação minoritária delas em cargos de chefia, na elite da comunidade científica e como homenageadas em prêmios das diversas áreas. Além do machismo histórico da sociedade, a opção pela família e pela maternidade é um fator decisivo.
Ao se tornar mãe, é comum a mulher tirar o pé do acelerador quando está em jogo a competitividade necessária para chegar ao topo. "Quando as mulheres desenvolverem maior autoconfiança e perceberem que a família não exclui a luta pelo sucesso, elas vão dominar o mundo", aposta José Abrantes. O instrumental elas já possuem.
Eu sou retraído e não tenho paciência para dar conselhos", afirma ele. "As mulheres são mais atentas às pessoas, os homens às coisas", explica o psicólogo evolucionista David Geary, que pesquisa a evolução das diferenças entre os sexos. Segundo ele, a partir dos seis meses, as meninas percebem sinais de aflição nos outros, identificam sons variados, gestos e sinais de perigo. Os meninos são mais indiferentes às pessoas, com atenção para objetos luminosos e de formas inusitadas.
No livro The essencial difference (A diferença essencial), o psiquiatra Simon Baron-Cohen afirma que o cérebro feminino desenvolveu maior habilidade para a empatia do que o masculino. As mulheres têm uma capacidade mais aguçada para identificar as emoções e sentimentos dos outros, prever ações e responder a elas com a emoção apropriada. Nelas, os circuitos ligados à audição e à linguagem têm 11% mais neurônios do que nos homens. A estrutura relacionada à emoção e à formação da memória também é maior.
Estudos recentes sugerem que a inteligência está relacionada à trajetória da informação pelo cérebro. Os neurocientistas Richard Haier, da Universidade da Califórnia, e Rex Jung, da Universidade do Novo México, revelam que algumas das áreas do cérebro relativas à inteligência são as mesmas da atenção, da memória e das funções da linguagem - zonas mais desenvolvidas nas mulheres.
A capacidade de executar com facilidade tarefas variadas ocorre porque o cérebro da mulher é 10% menor do que o dos homens. O espaço comprimido favorece um número maior de sinapses - 30% a mais do que eles. Elas também detêm um equipamento sensorial mais desenvolvido e uma habilidade maior para captar sinais não verbais. Além disso, as conexões cerebrais das mulheres ocorrem entre os dois hemisférios.
Após análise de 137 mil provas de 22 mil universitários do Rio de Janeiro, a média das notas das mulheres foi 3%superior à dos homens
Nos homens, a atividade é mais intensa no lado esquerdo. "O cérebro deles é mais focado e adaptado para realizar uma tarefa de cada vez", afirma o neurologista Roger Gorski.
A estrutura da inteligência entre homens e mulheres não é rígida. Sofre alterações com as influências do meio, dos estímulos externos e da constituição cerebral do próprio indivíduo, que pode ter o tipo cerebral do sexo oposto. No livro Como as mulheres pensam, a neuropsiquiatra Louann Brizendine afirma que cerca de 20% dos homens têm cérebros estruturados de modo feminino e 10% delas têm cérebros masculinizados.
Quando se fala na superioridade da inteligência das mulheres, não é raro que os homens questionem a representação minoritária delas em cargos de chefia, na elite da comunidade científica e como homenageadas em prêmios das diversas áreas. Além do machismo histórico da sociedade, a opção pela família e pela maternidade é um fator decisivo.
Ao se tornar mãe, é comum a mulher tirar o pé do acelerador quando está em jogo a competitividade necessária para chegar ao topo. "Quando as mulheres desenvolverem maior autoconfiança e perceberem que a família não exclui a luta pelo sucesso, elas vão dominar o mundo", aposta José Abrantes. O instrumental elas já possuem.
As aptidões de cada um.
Existem 12 tipos de inteligência segundo classificação do neurologista Houward Gardner, da Universidade de Boston, pioneiro no estudo de habilidades múltiplas.
NO QUE ELES SÃO MELHORES:
Matemática - calcular, quantificar e discernir padrões lógicos numa cadeia de raciocínio. Habilidades de pessoas que gostam de palavras cruzadas, xadrez e gamão.
Espacial - perceber o tridimensional, entender mapas, gráficos e se localizar no espaço. Engenheiros, fotógrafos e pilotos têm este tipo de inteligência bem desenvolvido.
Cinestésico - Manipular objetos e utilzar a destreza nos movimentos articulados do corpo,. Aptidão de atletas, dançarinos, artesãos, coreógrafos e mímicos.
NO QUE ELAS SÃO MELHORES:
Pictórica - Expressar-se pelo traço e conferir movimento através do desenho e da pintura. É típica de caricaturistas e desenhistas publicitários.
Musical - compor, entoar, dar melodia, rítmo e tom. Captar e identificar sons variados. Compositores e cantores são os maiores expoentes.
Interpessoal - compreender, interagir com com os outros e apostar em relacionamentos. Assitentes sociais, líderes sindicais e atores têm facilidade nessa área.
Linguística - processar mensagens com rapidez e dar sentido a tudo que é dito ou escrito. É própria de líderes políticos, religiosos, poetas e jornalistas.
Intrapessoal - autoconhecimento e noção dos limites, pensamentos e sentimentos.
Naturalista - observar padrões da natureza e sentir o prazer no sitema externo ao humano. Pacifistas, paisagistas, fazendeiros e veterinários têm essas características.
Emocional - reconhecer, aceitar e expressar as emoções com tranquilidade e equilíbrio. Está relacionada à autoconsciência, motivação e relacionamento social.
Existencial - articular questionamentos éticos, filosóficos, religiosos e imaterias. Filósofos, cientistas e sacerdotes detêm essas habilidades.
Social - captar sinais não verbais e equilibrar competição com qualidade de vida.
Artigo de Carina Rabelo e Rodrigo Cardoso, publicado no Revista Istoé -ed.2061, mai/2009. Eu já havia publicado uma reportagem da Revista Superinteressante sobre o tema.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Como chamar-te para mim?
Sabes,
não sei mais,
como chamar-te para mim?
Se adiantasse...
iria gritar,
chorar,
derrubar um livro,
no teu caminho
(mas sabes - não gosto de lugar comum)!
Quem sabe,
uma pluma
sobre você,
como uma carícia...
Se adiantasse...
iria sorrir,
chorar,
derrubar uma lágrima,
na tua pele,
ou um beijo
na tua face,
feito criança...
não sei mais,
como chamar-te para mim?
Se adiantasse...
iria gritar,
chorar,
derrubar um livro,
no teu caminho
(mas sabes - não gosto de lugar comum)!
Quem sabe,
uma pluma
sobre você,
como uma carícia...
Se adiantasse...
iria sorrir,
chorar,
derrubar uma lágrima,
na tua pele,
ou um beijo
na tua face,
feito criança...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Era uma vez...
Era uma vez uma ilha, onde moravam os sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, o amor, a sabedoria,...e todos os outros. Tudo corria muito bem, até que alguém avisou que a ilha seria inundada.
O amor apavorado, preocupou-se com o salvamento de todos os moradores, avisando-os para que fugissem.
Todos correram, pegaram seus barquinhos e foram em busca de um lugar seguro, mas o Amor esqueceu que ele também tinha que fugir, empenhado que estava em avisar aos outros.
Quando percebeu, quase era tarde demais, e pediu carona a um barco que vinha passando. Nele estava a riqueza, que disse não poder levá-lo, pois seu barco estava repleto de ouro e prata e não havia lugar para o Amor.
Nisso passou o barco da vaidade e o amor, gritou:
- Por favor, leve-me com você!
- Não posso, respondeu a vaidade, pois você pode sujar meu barco.
Logo atrás, vinha o barco da tristeza e o Amor tornou a pedir:
- Tristeza, leve-me com você!
- Ah, amor, eu estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Então, passou o barco da alegria. Mas, estava tão alegre, que nem viu o amor já desesperado, e este, achando que ficaria só começou a chorar. Então, passou um barquinho bem pequenino, com um velhinho que parou e disse:
- Suba, amor, que eu levo você!
De tão feliz, o amor esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Quando chegou em terra firme, encontrou com a sabedoria e perguntou:
- Sabes, quem era o velhinho que trouxe-me até aqui?
Ao que ela respondeu:
- Sim, era o tempo.
- O tempo? Mas porque o tempo preocupou-se comigo? Foi o único que parou sem meu pedido e trouxe-me até aqui?
- Ora, porque só o tempo, é capaz de ajudar e entender um grande Amor.
Esta estorinha, me foi contada por meu avô, Maximiliano, quando eu tinha em torno de oito anos. Meu avô, era uma pessoa muito especial, senti muito sua partida, como a de meu pai (seu filho). Dias atrás lembrei-me sem mais nem menos dela e, achei importante registrá-la, para meu filho e, para todos que entenderam a beleza implícita, em uma estorinha contada para distrair uma criança.
E agora?...
O pensamento voou,
sentou na árvore da saudade e,
com carinho, sacudiu o galho e,
caiu pedaços de vida!
Vida...vida...vida...
Foi a tempo, muito tempo,
em que a árvore era clara,
o rio era limpo,
e tinha vida, muita vida.
O caminhar era clamo,
ninguém vinha atrás,
ninguém ia na frente.
A gente ia junto...
passou um dia,
depois outro,
depois o outro e,
você andou para o lado.
Foi afastando-se de mim e,
eu fui ficando só.
Veio a chuva,
veio o inverno,
o frio,
a noite,
o esquecimento,
o sono;
e então,
a árvore secou!
As folhas caíram!
Morte...morte...morte...
O rio ficou sujo,
a água escura e,
o andar era caótico,
vinha muita gente atrás!
Não se podia andar calmo e,
eu me perdi de você!
Onde está você?
Onde está você, meu amado?
sentou na árvore da saudade e,
com carinho, sacudiu o galho e,
caiu pedaços de vida!
Vida...vida...vida...
Foi a tempo, muito tempo,
em que a árvore era clara,
o rio era limpo,
e tinha vida, muita vida.
O caminhar era clamo,
ninguém vinha atrás,
ninguém ia na frente.
A gente ia junto...
passou um dia,
depois outro,
depois o outro e,
você andou para o lado.
Foi afastando-se de mim e,
eu fui ficando só.
Veio a chuva,
veio o inverno,
o frio,
a noite,
o esquecimento,
o sono;
e então,
a árvore secou!
As folhas caíram!
Morte...morte...morte...
O rio ficou sujo,
a água escura e,
o andar era caótico,
vinha muita gente atrás!
Não se podia andar calmo e,
eu me perdi de você!
Onde está você?
Onde está você, meu amado?
segunda-feira, 16 de março de 2009
Divagações!
Divago,
nas palavras não ditas,
nas mal-ditas e benditas;
que vieram de ti...
Divago,
nas palavras encontradas,
perdidas ou colhidas;
por aí...
Divago,
nos sonhos incontidos,
contidos,
e nos tolhidos por ti...
Divago,
no oceano nunca navegado,
em que te transformastes...
Divago,
nas carícias nunca trocadas,
entre eu e tu...
Divago,
nos poemas trocados,
e cheios de nós...
Divago,
em teu Porto, que não é seguro,
e é só teu e não; meu...
"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Porque amar senão amar? - Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? "
Fernando Pessoa
nas palavras não ditas,
nas mal-ditas e benditas;
que vieram de ti...
Divago,
nas palavras encontradas,
perdidas ou colhidas;
por aí...
Divago,
nos sonhos incontidos,
contidos,
e nos tolhidos por ti...
Divago,
no oceano nunca navegado,
em que te transformastes...
Divago,
nas carícias nunca trocadas,
entre eu e tu...
Divago,
nos poemas trocados,
e cheios de nós...
Divago,
em teu Porto, que não é seguro,
e é só teu e não; meu...
"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Porque amar senão amar? - Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? "
Fernando Pessoa
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Despertar.
Ao despertar, amor,
me desespero;
lastimo não poder
fazê-lo com teus beijos.
Abro as janelas,
chega teu perfume e,
tua lembrança
olho a cama vazia.
Distribuo uns beijos
sobre tua fotografia;
recito teu nome,
ouço tua voz e
vejo teu sorriso feliz,
ao me desejar bom dia.
Porque terminar
com este sonho?
Dou meia volta e
sigo sonhando.
me desespero;
lastimo não poder
fazê-lo com teus beijos.
Abro as janelas,
chega teu perfume e,
tua lembrança
olho a cama vazia.
Distribuo uns beijos
sobre tua fotografia;
recito teu nome,
ouço tua voz e
vejo teu sorriso feliz,
ao me desejar bom dia.
Porque terminar
com este sonho?
Dou meia volta e
sigo sonhando.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Por si voltarás...
Se um dia me faltares,
se acaso não estiveres,
eu te recordaria assim;
da mesma maneira,
em que estreio a cada dia,
um novo sorriso.
Te inventaria assim,
como te descobri e,
seguiria escrevendo
os poemas que te escrevi.
Se acaso te fores,
se acaso não estiveres,
eu te sentiria perto de mim,
eu te imaginaria
da forma como eras,
que é a forma como sempre
te imaginei.
Sentiria minha mão,
percorrendo teu cabelo,
tua pele...
Sentiria meus lábios,
tocando os teus...
Se um dia me faltares,
se acaso não estiveres,
eu seguiria querendo-te,
como sempre,
como antes,
por si voltarás...
se acaso não estiveres,
eu te recordaria assim;
da mesma maneira,
em que estreio a cada dia,
um novo sorriso.
Te inventaria assim,
como te descobri e,
seguiria escrevendo
os poemas que te escrevi.
Se acaso te fores,
se acaso não estiveres,
eu te sentiria perto de mim,
eu te imaginaria
da forma como eras,
que é a forma como sempre
te imaginei.
Sentiria minha mão,
percorrendo teu cabelo,
tua pele...
Sentiria meus lábios,
tocando os teus...
Se um dia me faltares,
se acaso não estiveres,
eu seguiria querendo-te,
como sempre,
como antes,
por si voltarás...
sábado, 31 de janeiro de 2009
Apesar de tudo.
Apesar de tudo
voltarei como antes,
a colocar uma lágrima,
em teu olhar e,
deixarei cair uma carícia
sobre o mel de teu cabelo.
Eu sei que voltarei,
a fechar teus lábios
com meus beijos e,
plantarei rosas vermelhas,
em tua lembrança.
Eu sei que percorrerei
todos os caminhos,
já antes traçados em teu corpo,
e talvez,
descubra outras rotas,
nunca antes desvendadas!
Apesar de tudo,
apesar de ti,
voltaremos a caminhar
pensando em nós dois,
e, talvez,
voltaremos a nos
dizer Adeus!
voltarei como antes,
a colocar uma lágrima,
em teu olhar e,
deixarei cair uma carícia
sobre o mel de teu cabelo.
Eu sei que voltarei,
a fechar teus lábios
com meus beijos e,
plantarei rosas vermelhas,
em tua lembrança.
Eu sei que percorrerei
todos os caminhos,
já antes traçados em teu corpo,
e talvez,
descubra outras rotas,
nunca antes desvendadas!
Apesar de tudo,
apesar de ti,
voltaremos a caminhar
pensando em nós dois,
e, talvez,
voltaremos a nos
dizer Adeus!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Tua boca não dirá uma palavra!
Teus olhos,
esta noite fitarão os meus,
e tua boca não dirá uma palavra!
Teus lábios,
afogarão um soluço,
e tuas pupilas uma lágrima ocultarão!
Meu destino é partir,
nascer de novo;
construir com mil ruelas,
um caminho!
Devo deixar de lado,
as lembranças;
devo sentir de novo,
que estou viva!
Adeus, dirá minha voz,
antes que parta e,
minha mão temerosa
te apertará junto a mim.
Teus olhos,
esta noite fitarão os meus,
e tua boca não dirá uma palavra!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Constatação!
O amor em minha porta
loucamente bateu,
e sofri da impotência,
de não saber abri-la;
venci a amargura
de uma esperança morta,
e das rosas de minha vida,
também senti os espinhos.
Soube advertir a tempo,
dois olhos que olhavam-me e,
compreendi o sentido do suspiro
de uma alma solitária;
escutei os silêncios
ocultos nas noites,
e de cada fracasso
reconheci minha culpa.
Consolar-me-ia saber
não ter vivido em vão,
se minha pele
sentisse o calor de tua mão!
Mas sei que;
se vivo,
e sofro,
e morro,
e me desvelo,
é a vida que me cabe,
como a todo ser humano!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Feliz Aniversário, meu amor!
Hoje,
ao olhar para o céu
e para o brilho do sol,
busquei dentro de mim,
o seu olhar,
senti uma brisa leve tocar meu rosto
e nessa brisa senti saudade,
saudade de olhar o horizonte,
e ver o sol indo embora,
assim como você...
Ao olhar o calendário,
percebi ser hoje,
um dia muito especial,
pois é o dia do seu aniversário,
e eu então chorei,
chorei e sorri também.
Imagino que você está feliz, afinal,
seguistes o caminho que traçastes para ti,
espero que paralelo ao meu,
pois ainda acredito
que elas (as paralelas),
sempre se encontram no infinito,
e que nosso coração,
só envelhece quando deixamos de sonhar!
Mas não pude deixar de chorar,
pela distância que me separa de ti...
mas ao mesmo tempo,
esta constatação faz com que eu sonhe
e acredite que um dia, seja ele qual for,
eu poderei estar aí
(ou aqui, ou em qualquer lugar),
mas ao teu lado e abraçar-te,
abraçar-te muito e poder dizer-te:
- Feliz Aniversário, meu amor!
Poder dizer-te o quanto eu estou feliz,
por partilhar um momentinho da sua vida,
mesmo não sendo nem lembrada por você.
Quero que saibas:
- sempre falo de ti à Deus,
e peço-lhe que tenhas muita saúde e forças,
para que superes os obstáculos,
que o destino colocar em seu caminho.
Desejo que esse dia,
seja como todos os outros em sua vida,
cheio de alegrias e de Vida!
Quero que ao receberes essa mensagem,
olhes para o céu e
busques no sol o brilho do meu olhar,
busques nas estrelas o brilho do meu sorriso,
e sintas a brisa como fosse um abraço meu,
e em teus lábios o beijo que deposito
com ternura.
Busques a cada amanhecer a vontade de viver,
mas nunca deixes de pensar em mim,
e saibas que hoje,
minh'alma está em festa,
e mesmo estando longe,
irá brindar com você a tua saúde,
a tua felicidade,
e peço a Ele que permita que um dia,
nós dois brindemos, corpo a corpo,
olho no olho e que você possa não só me sentir,
mas ouvir dizer-te:
-Feliz Aniversário, Meu Amor!
ao olhar para o céu
e para o brilho do sol,
busquei dentro de mim,
o seu olhar,
senti uma brisa leve tocar meu rosto
e nessa brisa senti saudade,
saudade de olhar o horizonte,
e ver o sol indo embora,
assim como você...
Ao olhar o calendário,
percebi ser hoje,
um dia muito especial,
pois é o dia do seu aniversário,
e eu então chorei,
chorei e sorri também.
Imagino que você está feliz, afinal,
seguistes o caminho que traçastes para ti,
espero que paralelo ao meu,
pois ainda acredito
que elas (as paralelas),
sempre se encontram no infinito,
e que nosso coração,
só envelhece quando deixamos de sonhar!
Mas não pude deixar de chorar,
pela distância que me separa de ti...
mas ao mesmo tempo,
esta constatação faz com que eu sonhe
e acredite que um dia, seja ele qual for,
eu poderei estar aí
(ou aqui, ou em qualquer lugar),
mas ao teu lado e abraçar-te,
abraçar-te muito e poder dizer-te:
- Feliz Aniversário, meu amor!
Poder dizer-te o quanto eu estou feliz,
por partilhar um momentinho da sua vida,
mesmo não sendo nem lembrada por você.
Quero que saibas:
- sempre falo de ti à Deus,
e peço-lhe que tenhas muita saúde e forças,
para que superes os obstáculos,
que o destino colocar em seu caminho.
Desejo que esse dia,
seja como todos os outros em sua vida,
cheio de alegrias e de Vida!
Quero que ao receberes essa mensagem,
olhes para o céu e
busques no sol o brilho do meu olhar,
busques nas estrelas o brilho do meu sorriso,
e sintas a brisa como fosse um abraço meu,
e em teus lábios o beijo que deposito
com ternura.
Busques a cada amanhecer a vontade de viver,
mas nunca deixes de pensar em mim,
e saibas que hoje,
minh'alma está em festa,
e mesmo estando longe,
irá brindar com você a tua saúde,
a tua felicidade,
e peço a Ele que permita que um dia,
nós dois brindemos, corpo a corpo,
olho no olho e que você possa não só me sentir,
mas ouvir dizer-te:
-Feliz Aniversário, Meu Amor!
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Paixão pode durar mais de 20 anos...
Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que alguns casais conseguem se manter apaixonados mesmo depois décadas de união. Com a ajuda de exames de tomografia, cientistas da Universidade de Stony Brooks, em Nova York, analisaram a atividade cerebral de casais que estão juntos há mais de 20 anos. Eles descobriram que 10% deles, ao verem fotos de seus parceiros, mostraram as mesmas reações químicas que casais em início de romance. Pesquisas anteriores sugeriam que a paixão e o desejo sexual de um casal começam a diminuir por volta dos 15 meses de relacionamento e chegam a desaparecer depois de dez anos. "Nossos resultados vão contra essa visão tradicional, mas temos certeza de que o que conseguimos observar é real", disse o psicólogo Arthur Aron, um dos autores do estudo. Segundo os pesquisadores, quando os casais de longa data viam fotos de seus parceiros, seus cérebros indicavam um fluxo maior de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Para os cientistas, a descoberta indica que alguns elementos da paixão amadurecem, permitindo que casais de longa data desfrutem do que chamam de "companheirismo intenso e vivacidade sexual". Os pesquisadores disseram que esses casais têm o mesmo "mapa amoroso" cerebral que animais que mantêm os mesmos parceiros por toda a vida, como os cisnes, os arganazes e as raposas cinzentas.
(BBC Brasil)
Depois de ler esta matéria, ganhei alento. De repente, posso ainda casar e comemorar "Bodas de Prata"? Meus pais comemoraram "Bodas de Ouro"; eu consegui ficar casada por longos 12 anos e olhe que os dois ultimos, nem deveriam ser mencionados.
Com certeza, esta notícia fez meu dia ficar melhor, só resta encontrar meu par com o mesmo "mapa amoroso cerebral" (o que deve ser extremamente fácil, tendo em vista o alto índice de casamentos alardeado pela FIBGE-Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- e, como somos um País das estatísticas, todos querem participar, eu também, rsrsrs).
Espetáculo estranho!
Já é noite,
e é completa a escuridão,
ameaçadora.
O maestro está a postos:
o vento, entre agitado e nervoso;
dá o tom e,
no mesmo instante
no ar retumbam,
violentamente,
os vibrantes sons
de uma majestosa
bateria dos trovões
que iniciam concerto
maravilhoso e triste.
Outros maravilhosos artistas,
então entram em cena:
árvores despidas,
trêmulas, desesperadas,
e nuvens densas,
ágeis e perigosas,
vestidas de negro...
O palco encantado é iluminado,
por flashes assustadores
- o céu, ao luzir ofuscante dos
relâmpagos, estremece
medroso e tímido.
As gotas cristalinas e exóticas;
que cândidas
pousam acanhadas
nas vidraças, anunciando,
num gesto aparentemente
infantil e carinhoso,
o início da melodia
impressionante e grandiosa;
outras, salientes, em rudes
gestos prosseguem
na sinfonia,
embrutecendo o ritmo,
ferindo a harmonia do conjunto...
E, mesmo assim, o espetáculo
continua por horas e horas,
ininterruptamente,
até que o Senhor,
com pena da lua,
que assustada e pálida,
havia desmaiado dengosa,
nos negros braços
da amplidão,
ordena que cumpra-se
o último ato e,
como por encanto,
as feias cortinas cinzentas
tornam-se douradas
e fulguram esfuziantes,
e extasiadas aos beijos
cálidos do sol.
E nessa apoteose mágica,
desperta mais um dia...
e é completa a escuridão,
ameaçadora.
O maestro está a postos:
o vento, entre agitado e nervoso;
dá o tom e,
no mesmo instante
no ar retumbam,
violentamente,
os vibrantes sons
de uma majestosa
bateria dos trovões
que iniciam concerto
maravilhoso e triste.
Outros maravilhosos artistas,
então entram em cena:
árvores despidas,
trêmulas, desesperadas,
e nuvens densas,
ágeis e perigosas,
vestidas de negro...
O palco encantado é iluminado,
por flashes assustadores
- o céu, ao luzir ofuscante dos
relâmpagos, estremece
medroso e tímido.
As gotas cristalinas e exóticas;
que cândidas
pousam acanhadas
nas vidraças, anunciando,
num gesto aparentemente
infantil e carinhoso,
o início da melodia
impressionante e grandiosa;
outras, salientes, em rudes
gestos prosseguem
na sinfonia,
embrutecendo o ritmo,
ferindo a harmonia do conjunto...
E, mesmo assim, o espetáculo
continua por horas e horas,
ininterruptamente,
até que o Senhor,
com pena da lua,
que assustada e pálida,
havia desmaiado dengosa,
nos negros braços
da amplidão,
ordena que cumpra-se
o último ato e,
como por encanto,
as feias cortinas cinzentas
tornam-se douradas
e fulguram esfuziantes,
e extasiadas aos beijos
cálidos do sol.
E nessa apoteose mágica,
desperta mais um dia...
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Medo!
Não sei como dizer-te
o que sinto,
se não posso explicar,
nem a mim mesma;
porém devo fazê-lo,
pois já é tempo
de confessar-te meu medo
a estar contigo.
Medo de prender-te
e temor a estar presa,
compartilhando
de projetos diferentes;
talvez me engano,
pensando estar apaixonada,
prometendo-te
um futuro displicente.
Temor a estar contigo,
de outro modo,
que vá mais além
do que amizade;
quero ser livre,
e temo, sobretudo,
fazer-te prisioneiro
de minha liberdade,
esta é a verdade
que machuca-me.
Não quero criar-te
desconcertos,
nem prometer-te
futuro tão incerto,
como incerta é
minha realidade;
pois hoje estou aqui,
porém até há pouco
não estava,
e ao acordares,
nunca saberás
se voltei nesse momento,
ou se acaso,
estou a ponto de partir...
o que sinto,
se não posso explicar,
nem a mim mesma;
porém devo fazê-lo,
pois já é tempo
de confessar-te meu medo
a estar contigo.
Medo de prender-te
e temor a estar presa,
compartilhando
de projetos diferentes;
talvez me engano,
pensando estar apaixonada,
prometendo-te
um futuro displicente.
Temor a estar contigo,
de outro modo,
que vá mais além
do que amizade;
quero ser livre,
e temo, sobretudo,
fazer-te prisioneiro
de minha liberdade,
esta é a verdade
que machuca-me.
Não quero criar-te
desconcertos,
nem prometer-te
futuro tão incerto,
como incerta é
minha realidade;
pois hoje estou aqui,
porém até há pouco
não estava,
e ao acordares,
nunca saberás
se voltei nesse momento,
ou se acaso,
estou a ponto de partir...
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