Já perdi a noção do tempo,
deste que partistes
fugindo de mim e,
e apenas relembro dos versos doídos:
"Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua."
Já perdi a noção do tempo,
e nem sei como é a lua,
desde que partistes,
fugindo de mim.
Já perdi a noção de tempo,
já nem sei escrever e,
meus olhos cansados,
perderam a luz,
que colhiam dos teus.
Já perdi a noção do tempo,
já não sei de carícias,
já não sei de você e,
minhas mãos agora vazias,
perderam a memória
do toque ansioso
quando perto de ti.
"Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua."
E que a dor e o silêncio,
são tudo o que tenho,
nas noites silentes e
ausentes de ti.
Não posso deixar,
de dizer-te o vazio,
que deixastes aqui.
Não posso deixar,
de dizer-te do frio,
assim longe de ti.