sexta-feira, 25 de abril de 2008

COMO DIZER ADEUS III

Te aproximas lentamente
da mesa onde escrevo,
minha última poesia.
Estás triste,
sinto nos teus passos e sei,
que se mirasse em teus olhos,
veria melancolia.
Te aproximas e teus lábios
pronunciam de leve: te quero!
Mas, a partir disso,
já se anunciava um grande silêncio.
Quando chegar a hora,
sabes que partirei e,
em posterior poesia,
farei um resumo:
de coisas que morrem,
de coisas que nascem,
de coisas que levo e,
de coisas que deixo.
Não chores, te quero!
Guarde a recordação,
de nossos dias felizes!
Te deixo uma aliança,
e a melodia
que alcançará teus ouvidos,
quando leres esta poesia!
a

quinta-feira, 24 de abril de 2008

COMO DIZER ADEUS IV

Faça com que pareça somente
uma simples despedida,
como se fosse apenas isso;
faça com que juntos, em um beijo
nossos lábios se despeçam.
Faça como uma promessa;
sem mentiras, sem agravos,
faça com que juntos,
nossos braços se estreitem,
em mil carícias,
faça com que este momento,
fique preso a mil delícias.
Faça-o assim:
que teus olhos,
iluminem os meus neste dia,
que não exista melancolia
nem tristezas escondidas!
Faça com que pareça somente,
uma simples despedida,
como se fosse apenas isso;
uma simples despedida!
Deixa a mim, por mim mesma,
descobrir este véu,
que descobri ao amar-te e,
que minhas mãos acariciem
tua pele e, beijar-te.
Faça com que pareça somente,
uma simples despedida,
de tudo aquilo que vivemos,
talvez, ao perceber que te perdi,
me ponha a chorar como uma menina,
ou talvez, apenas sorria e,
te indique o caminho,
aquele que traçastes um dia,
para percorrer comigo,
e que hoje,
se bifurca em duas linhas
paralelas sem sentido;
mas faça com que pareça somente,
uma simples despedida,
como se fosse apenas isso;
e logo, nos despeçamos...
a