quarta-feira, 15 de junho de 2011

Querendo esquecer-te.

Caminhei muito,
pensando em perder-te no caminho.
Tomei banho de alecrim,
para limpar a aura.
Comprei um galho de azevim,
para manter a calma.
Bebi energético,
pensando que o excesso de glicose,
te expulsaria das minhas veias,
mas não,
percebi que te abrigastes em minh'alma.
Andei pelas gondolas do supermercado,
lendo rótulos e informações incoerentes
ou irrelevantes,
para limpar a mente,
mas não,
a imagem continuava lá - irretocável.
Fiquei horas a fio a olhar o rio,
acompanhando o movimento
de uma partícula e,
quando menos eu queria
lá estava teu rosto...
Por fim, desisti!
Vou tomar um vinho,
e pedir aos Deuses,
que me façam esquecer de ti!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sobre meu nascimento e minha morte...

Não sei quando nasci,
nem o pressinto,
e nada pode assegurar-me,
quando se concretizou
meu nascimento.
Cada dia é nascer um pouco,
e outro pouco morrer,
é cada dia; quando partimos
ou quando voltamos,
nascemos e morremos,
que ironia!
Nascemos ao termos novas vivências,
morremos ao sofrer uma injustiça,
e crescemos às custas da inclemência,
do sofrer a cada dia com as notícias.
Nada pode dizer-me quando nasci,
se com o primeiro pranto,
ou com o primeiro golpe;
nasci ao sair do ventre de minha mãe,
e nasci ao me sentir mulher;
porém, tenho mil mortes;
que vivo a cada dia,
ao ver a injustiça em tantas coisas.
Enfim, quem sabe,
meu nascimento e minha lápide,
sejam a mesma coisa...
a

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Certo serias o meu amor!

Não sei o por quê,
mas sou assim:
gosto de ouvir o cantarolar,
em voz sonora, da clara fonte,
gosto de olhar o tremeluz,
das mil estrelas;
gosto da brisa com seu murmúrio,
pelo arvoredo sempre a brincar,
de esconde-esconde,
gosto da lua, canto pra ela
versos tão ternos,
cheios de amor....
Serão de amor os versos meus?...
Ah, se eu pudesse,
pudesse amar...
certo serias o meu amor!
E eu te diria coisas bonitas,
procuraria ver nos teus olhos,
a cor dos meus.
Por tuas mãos conheceria
o que é carinho,
o que é calor,
e dos teus lábios,
recolheria toda a ventura
de ser feliz...
O sonho é livre...
Que bom seria não despertar...
Tudo eu daria,
como eu queria poder amar e,
se eu amasse,
certo serias o meu amor!
a